IGP-10 registra inflação de 0,74% em junho, diz FGV
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,74% em junho deste ano, superior aos 0,10% de maio. Com o resultado, o IGP-10 acumula taxas de 8,53% no ano e de 10,40% em 12 meses.
A alta da taxa de maio para junho foi puxada pelos três subíndices que compõem o IGP-10. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de uma deflação (queda de preços) de 0,08% em maio para uma inflação de 0,47% em junho.
“A trégua na inflação apresentada pelos produtos agropecuários em maio não se repetiu em junho e a variação do grupo passou de -1,59% para -0,04%. As acelerações dos preços do algodão (de 2,17% para 6,32%) e da cana-de-açúcar (de 1,65% para 2,32%) explicam parte do avanço da taxa dos agropecuários. Os produtos industriais também registraram ligeiro avanço, subindo 0,67% em junho, ante 0,54% no mês passado. O preço dos automóveis novos foram destaque no índice ao produtor (de 0,22% para 2,47%) e ao consumidor (de 0,90% para 0,97%). Destaque especial cabe ao óleo Diesel, cujo último reajuste ocorreu em 10/05, e respondeu por 68% da taxa do IPA”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,47% em junho. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,08%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 1,12% em maio para 0,01% em junho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,24% para -0,25%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,57% em junho. No mês anterior, a taxa foi de 1,31%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,89% em maio para 1,57% em junho. A principal contribuição para a inflação partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,59% para 7,81%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,30% em junho, após subir 1,19% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,07% em maio para -0,29% em junho. As principais contribuições para o avanço da taxa partiram dos seguintes itens: soja em grão (-3,36% para 0,55%), milho em grão (-8,49% para -0,31%) e minério de ferro (-3,66% para -2,86%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: aves (4,78% para -0,61%), suínos (8,55% para -7,91%) e mandioca/aipim (-4,94% para -7,13%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,72% em junho. Em maio, o índice havia apresentado taxa de 0,54%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (-2,37% para 0,13%), Vestuário (1,03% para 1,83%) e Despesas Diversas (0,63% para 0,66%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-12,93% para -3,42%), roupas (1,14% para 2,04%) e tarifa postal (2,17% para 4,89%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (1,39% para 0,42%), Transportes (1,23% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,25% para 0,84%), Comunicação (-0,11% para -0,25%) e Educação, Leitura e Recreação (3,19% para 3,15%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (4,10% para -10,83%), etanol (8,99% para -2,47%), medicamentos em geral (4,20% para 1,32%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,25% para -0,59%) e passagem aérea (19,29% para 16,35%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 3,29% em junho. No mês anterior a taxa foi de 0,74%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (1,52% para 1,66%), Serviços (0,86% para 0,69%) e Mão de Obra (0,01% para 5,30%).
(com assessoria)