Ibovespa sobe 0,73% e dólar cai cotado a R$ 5,02

O Ibovespa fecha em alta de 0,73%, a 102.806,82 pontos, reagindo após oito quedas consecutivas, em sessão marcada pela alta dos juros nos EUA.
Ibovespa sobe 0,73% e dólar cai cotado a R$ 5,02- Crédito: Freepik
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O Ibovespa fechou em alta de 0,73%, a 102.806,82 pontos, nesta quarta-feira, (15) reagindo após oito quedas consecutivas. A decisão do Banco Central americano aumentar os juros para conter a inflação nos Estados Unidos evitou perdas. Enquanto o dólar caiu 2,08%, cotado a R$ 5,0265.

O Federal Reserve aumentou o juro em 0,75 ponto percentual, para a faixa entre 1,50% a 1,75%, a maior alta desde 1994, com seus membros elevando previsões para juros e inflação, enquanto cortaram estimativas de crescimento econômico.

A alta de hoje do Ibovespa ocorreu após cair 9,19%, maior sequência de quedas desde 2015. A última vez em que o Ibovespa caiu por mais de oito sessões foi em 1998, quando recuou por nove pregões. De acordo com analistas, o Ibovespa acompanhou os principais índices mundiais: Dow Jones ganhou 1%; S&P teve alta de 1,46% e Nasdaq de 2,50%.

No Brasil, enquanto as ações ordinárias e preferenciais de Petrobras caíram 1,31% e 1,76%, Eletrobras ganhou (ELET3) 2,77%.

Queda do dólar

Após ter tocado em R$ 5,15 nessa terça, o dólar caiu progressivamente no pregão ao longo do dia. Perto do fechamento, a moeda americana apresentava queda de 1,97%, cotada a R$ 5,0325.

Apesar disso, o CEO da Wecambio, Caio Pilato, não vislumbra a moeda abaixo de R$ 5 no segundo semestre. Com a possível estagflação, combinação de estagnação da economia com inflação alta, o dólar ainda tem espaço para novas altas e pode atingir R$ 5,50, segundo sua avaliação.

— O cenário brasileiro é muito desafiador e certamente será muito turbulento até a eleição. A maior economia do mundo subindo juros e o cenário interno complicado não colocam um limite no dólar — opina.

A visão do Fed

O chair do Fed, Jerome Powell, disse que os formuladores de política monetária “chegaram à visão” de que precisavam antecipar mais as altas dos juros para levá-los a uma faixa mais neutra mais rapidamente.

Na avaliação do estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, o Fed fez o que tinha que fazer, que era dar um remédio amargo com aumento de juros, a fim de desacelerar a economia e também ancorar as expectativas de inflação.

Ele ponderou que, uma vez que grande parte da alta dos preços está relacionada a condições de oferta, o Fed não deve conseguir controlar toda a inflação. “Mas, ainda assim, não fazer nada é muito pior”, afirmou.

(Com Investing.com e agências internacionais)

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Redação DMI

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