IBM mira orquestração de aplicações na borda das redes 5G

A IBM vem realizando testes de campo com as operadoras brasileiras para atuar na borda das redes 5G como orquestradora de aplicações.
IBM mira orquestração de aplicações na borda das redes 5G - Crédito: Divulgação
Marcelo Braga, presidente e líder de technology da IBM Brasil – Crédito: Divulgação

A Big Blue está presente na quinta geração de telefonia móvel. A gigante norte-americana IBM vem realizando testes de campo com as operadoras brasileiras para atuar na borda das redes 5G como orquestradora de aplicações. A companhia pretende ser forte competidor no segmento, oferecendo a interface necessária para a edge computing funcionar.

Marcelo Braga, presidente e líder de technology da IBM Brasil, repassou o objetivo a jornalistas nesta quarta-feira, 31, durante o Think, evento anual da companhia, que aconteceu desta vez na Bienal de Arte em São Paulo.

“O 5G abre uma avenida de oportunidade para a gente, traz uma inovações técnicas, uma rede mais distribuída. Abre possibilidade de computação de borda, onde vai ser possível desenvolver novas aplicações. Nós temos tecnologia baseada em stack opensource para fazer orquestração de aplicações e de infraestrutura no edge, Temos com a Red Hat o pacote para trabalhar no Open Ran. Então o 5G abre várias possibilidades de casos de uso”, afirmou o executivo.

Segundo ele, a relação com as operadoras de telecomunicações nunca esteve melhor. São vistas como clientes estratégicos, ao mesmo tempo em que são potenciais grande integradores de soluções com tecnologia IBM.

Em 2021 o braço de infraestrutura da IBM foi segregado, nascendo a Kyndryl, uma companhia hoje independente e fornecedora de infraestrutura para empresas de grande porte e data centers.

Para seguir adiante, a IBM ampliou parcerias com integradores, incluindo as teles, responsáveis pela distribuição dos softwares e sistema de inteligência artificial, hoje foco da companhia. “Com isso, a relação agora é ainda mais próxima”, completa Braga.

Enquanto o 5G começa a ser implantado no Brasil a Big Blue não fica à espera. Continua em expansão, acelerada durante a pandemia, de olho na digitalização de empresas. “Ainda há muito espaço no mercado Brasileiro para isso”, afirma ele.

A empresa tem ampliado sua capacidade local de nuvem. No Brasil tem três data centers, e todos receberam incrementos em área construída e energia nos últimos meses. Mas Braga prefere não mensurar essa movimentação. “A demanda por nuvem é muito elástica. Cresce, mas a cada semana os números mudam”, justifica.

Segundo ele, a IBM possui contratos que permite o uso de nuvens de terceiros quando a própria nuvem local não é suficiente. Além disso, muitas das aplicações são hospedadas fora. “Por isso não considero que os investimentos em data centers locais sejam relevantes para mostrar a demanda local”, fala.

Ele diz que o uso de nuvem pública deixou de ser tabu nas empresas e hoje “a maioria esmagadora dos clientes” tem projeto de nuvem híbrida.

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Redação DMI

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