IBM alerta sobre pressão dos carros conectados nas redes de telecom
A IBM, por meio do IBV (Institute for Business Value), fez um alerta sobre como o gerenciamento de dados será peça fundamental à medida que aumenta a participação das informações de carros conectados nas redes de telecom. A empresa realizou uma pesquisa junto com a associação GSMA e a Jaguar Land Rover sobre o tema e confirmaram estudo da Siemens de um cenário no qual se 20% dos 1,5 bilhão de carros no mundo se tornassem autônomos e conectados isso geraria cerca de 300 zetabytes de dados.
E esse quadro se aproxima uma vez que o levantamento feito pela Counterpoint Research mostra que as vendas de carros conectados superaram a modalidade tradicional pela primeira vez no ano passado e a previsão até 2027 é de expansão de cerca de 17% ao ano, o que elevaria para 367 milhões de veículos.
O grupo que liderou o estudo também chamou a atenção da necessidade por parte das operadoras de maior cobertura, autenticação de dados e colaborações para acompanhar o crescimento do número de veículos conectados. Eles entendem que as operadoras de telecomunicações têm um papel claro para fornecer serviços de conectividade de alta largura de banda, baixa latência, confiáveis e seguros para habilitar muitos dos serviços.
Eles citaram os números da Juniper Research que colocam a oportunidade do operador apenas para veículos conectados 5G em US$ 3,6 bilhões. Além das operadoras, fabricantes de veículos, governos, associações industriais, desenvolvedores de sistemas de tráfego inteligentes e provedores de nuvem precisam construir um ecossistema para estabelecer uma infraestrutura de tecnologia segura e confiável para trocas de dados para que o setor possa se expandir.
Papel da IA
Segundo o Mobile World Live, o grupo estabeleceu que IA generativa poderá ser a chave para desbloquear o mercado dos carros genuinamente autônomos, implantando algoritmos e criando ambientes virtuais para simular cenários do mundo real para fins de treinamento. Os veículos também podem ter uma interface de IA generativa para que os motoristas possam conversar em linguagem natural em vez de comandos fixos.
As redes não terrestres são identificadas como uma peça-chave do quebra-cabeça da conectividade, fornecendo cobertura em áreas que não podem ser alcançadas por redes terrestres, embora as empresas observem que isso pode custar mais aos fabricantes de veículos e aos consumidores. Com experiência na implantação e proteção de nuvem, IoT e computação de ponta, os hiperescaladores também podem desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de novos serviços de conectividade de veículos.
O grupo observou que as associações da indústria e os governos parecem estar se alinhando com o protocolo de comunicação celular V2X. A GSMA está trabalhando com operadoras, OEMs e órgãos reguladores para desenvolver uma abordagem comum para plataformas de segurança, regulamentação e infraestrutura