Hispamar e Gilat lançam serviço banda larga via satélite. A marca será do parceiro
A Hispamar, filial da operadora espanhola de satélites Hispasat, e a Gilat, fabricante de redes satelitais, soluções e serviços, se juntaram para lançar no Brasil um serviço banda larga para o mercado doméstico e corporativo em banda Ka, que será comercializado por parceiros, com a marca dos parceiros. Segundo Sergio Chaves, diretor de Negócios da Hispamar para a América do Sul, o grande diferencial da solução para os parceiros — provedores regionais, operadoras e mesmo integradores – é que a marca é branca. “Cabe ao parceiro a comercialização, a manutenção e a relação com o cliente. O cliente é dele, não é nosso”, disse ele, no lançamento da solução hoje, 16, durante o Futurecom 2018, em São Paulo.
O serviço banda larga da Hispamar/Gilat está sendo apresentado em dois modelos. Um com velocidades e preços definidos para o usuário final, seja ele residencial ou PME, com valores mensais entre R$ 200 e R$ 600; o parceiro pega o produto no ponto de distribuição e o leva até a cada do cliente. No segundo modelo, o parceiro compra no atacado capacidade em megabit e desenha a solução para o cliente. Nos dois casos, o kit de infraestrutura é financiado por Hispamar/Gilat. “O financiamento pode ser em 12, 24 ou 36 meses”, disse Tobias Dezordi, vice-presidente regional da América Latina da Gilat Satellite Networks.
Para oferecer o serviço banda larga, a Gilat, além da plataforma multisserviços, a Sky Edge II-c, desenvolveu um terminal integrado, robusto e de baixo custo, o Scorpio. A implantação do serviço é rápida, diz Chaves, porque depende só do terminal e de uma antena.
Além do serviço de banda larga, o mais trivial, a empresa oferece outros serviços por meio da cobertura da sua banda Ka, como backhaul para as redes celulares 2G, 3G e 4G e pretende explorar outros segmentos de mercado. Eduardo Bessa, gerente geral da Hispamar, citou um software embarcado na VSAT para acelerar o tráfego de acesso ao 4G desenvolvido pela Gilat em parceria com uma operadora japonesa e já instalado em 4 mil antenas naquele país; um hot spot também desenvolvido pela Gilat para distribuir sinal via WiFi; e várias aplicações envolvendo mobilidade, como embarcações, trens, ônibus, entre outras.
Os satélites Amazonas 3 e 5 têm sua cobertura concentrada na faixa litorânea brasileira, que reúne 48,8 milhões de residências e 98,8 milhões de pessoas. Embora seja uma área com mais oferta de serviços de telecom, Sergio Chaves disse que ela tem muitos vazios, muitos pontos onde não chega a banda larga terrestre ou onde ela é de baixa qualidade. “O satélite em satélite tem cobertura em todos os pontos e com a banda Ka passou a ter preços competitivos”, afirmou.
Embora sem dizer quem são seus primeiros parceiros, Chaves informou que alguns ISPs vão comercializar o serviço banda larga da Hispamar/Gilat. Falta só a formalização do contrato.