Haddad é novo ministro da Fazenda; relembre propostas para telecom
O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta sexta-feira, 9, o economista Fernando Haddad como novo ministro da Fazenda. O futuro presidente também anunciou Rui Costa na Casa Civil, Flávio Dino na Justiça, Mauro Vieira nas Relações Exteriores e José Mussi na Defesa.
Quando candidato à Presidência da República, Haddad compartilhou sua visão sobre o setor de telecomunicações (relembre as propostas mais abaixo).
A atual pasta de Economia será desmembrada em três: Ministério da Fazenda; Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que vai cuidar do BNDES, e Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
De acordo com Lula, a escolha dos demais chefes das pastas de Economia levará em conta o alinhamento com as estratégias de Haddad.
“O perfil do ministério será o perfil de um cara que esteja apto e afinado com o ministério da Fazenda […] É preciso que pensem juntos para que não haja muita divergência”, afirmou o futuro presidente.
Haddad e telecomunicações
Em 2018, Haddad compartilhou com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) suas propostas para o setor de telecomunicações. Uma das posições manifestadas foi em defesa do “descontingenciamento e redefinição do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) de forma a viabilizar a universalização da telefonia e da internet com a massificação da banda larga fixa”.
À época, Haddad também se posicionou pela cobraça do cumprimento das metas de conectividade 4G e 3G, inclusive com uma nova política nacional de banda larga e modificação da Lei Geral de Telecomunicações.
Ao Ideb, o futuro ministro da Economia também havia manifestado buscar solução de problemas regulatórios graves de descumprimento dos direitos do consumidor nos serviços de telecomunicações.
Neste ano, Haddad criticou a estratégia do atual governo de privatização das estatais. A visão está de acordo com a recomendação do GT de Ciência e Tecnologia, que está solicitando ao Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão do processo sobre a liquidação do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), pois vai manter a estatal e voltar à estratégia de produzir semicondutores no Brasil.