Guedes afirma que reajuste linear a servidores é “eleitoralmente factível”
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o reajuste linear para os servidores públicos é “eleitoralmente factível” durante entrevista coletiva concedida ontem, 21, nos EUA, onde cumpre uma série de agendas. Ele reconheceu que a proposta inicial, de conceder um reajuste maior para os policiais, custaria menos ao Tesouro, mas a decisão para contemplar com 5% todos servidores públicos gera menos descontentamento às vésperas das eleições presidenciais, admitiu.
Segundo o ministro, ainda há algumas questões jurídicas que precisam ser resolvidas antes da oficialização do pagamento, mas ele está sendo resolvido e será anunciado nos próximos dias.
Privatização Eletrobras
Guedes afirmou ainda acreditar que a “privatização da Eletrobras vai ocorrer neste ano, muito em breve”. O Tribunal de Contas da União, em sessão realizada no dia 20 de abril, decidiu suspender por 20 dias a análise da proposta do governo. Potencialmente, a votação fica adiada para até o dia 11 de maio, o que irá atrasar a oferta de ações prevista no plano elaborado pelo governo, porque o arquivamento da oferta teria que ser feito a partir do resultado da estatal do primeiro trimestre deste ano, previsto para o dia 16 de maio.
O Poder Executivo vinha defendendo que a janela ideal para realizar a operação de venda seria a do primeiro semestre deste ano já que os investidores costumam se retrair com a proximidade das eleições, seja por aumento da percepção de incerteza, seja por restrições internas de fundos de investimentos.
Mercosul
O acordo comercial entre os países do Mercosul e União Europeia (UE) , que foi estancado no início do governo Bolsonaro, poderá ser retomado. O ministro disse também na entrevista que a UE teria retomado o interesse pelas negociações.
Ele afirmou ainda que as consequências causadas pela guerra da Rússia contra a Ucrânia teriam feito o Brasil se firmar como uma alternativa para o resto do mundo. Em sua avaliação, o país se firmou como “peça-chave” nas questões de segurança alimentar e energética, transformando-se em um destino seguro para os investidores.
(com agências).