Grupo TIM abre negociação exclusiva com governo da Itália pela Sparkle
Após receber uma proposta não vinculante pela Sparkle nesta semana, o Grupo TIM (antiga Telecom Italia) decidiu abrir negociações exclusivas com o Ministério da Economia e Finanças (MEF), do governo da Itália, e a empresa de serviços atacadistas de telecom Retelit. A deliberação foi tomada nesta sexta-feira, 4, pelo conselho de administração da tele.
A mesa solicitou que o CEO do Grupo TIM, Pietro Labriola, inicie “interlocuções em regime de exclusividade com os licitantes”, no sentido de avançar em uma proposta concreta pelo ativo. O conselho também estabeleceu prazo até 30 de novembro para a apresentação de uma oferta vinculante.
Na quarta-feira, 2, o consórcio formado por MEF e Retelif enviou uma proposta preliminar à TIM italiana, apontando que a Sparkle, unidade de serviços de atacado e proprietária de uma extensa rede de cabos submarinos, vale 700 milhões de euros (aproximadamente R$ 4,2 bilhões). A diretoria da operadora, por sua vez, informou que a oferta seria repassada ao conselho, que agora decidiu avançar na negociação.
Em comunicado, o colegiado informou que, por unanimidade, deliberou por classificar o MEF como parte relacionada da TIM, tendo em vista que o ministério, caso o negócio se concretize, será o acionista maioritário da Sparkle. Dessa forma, indicou que a avaliação da oferta de compra do braço atacadista levará em conta normas sobre transações com partes relacionadas.
Alienação de ativos
A atual diretoria do Grupo TIM, liderada por Labriola, ex-CEO da TIM Brasil, aposta na venda de ativos como forma de reduzir o endividamento e posicionar a holding em rota de crescimento.
No início de julho, a companhia concluiu o processo de alienação da NetCo, a unidade italiana de rede fixa. O fundo norte-americano KKR comprou o braço de infraestrutura por 22 bilhões de euros (R$ 131,86 bilhões). Com isso, a Sparkle deve ser o próximo ativo a ser vendido para tornar a companhia mais enxuta.