Governo italiano negocia controle da rede fixa da Telecom Italia

A operadora informou ontem à noite que já começa a escolher os conselheiros que irão analisar a proposta da KKR e agências internacionais informam que governo italiano poderá ficar com o controle da rede fixa.
Governo italiano negocia controle da rede fixa. Crédito: Freepick
Dona da TIM já escolhe conselheiros para avaliar oferta de compra da KKR. Crédito:Freepick

O governo italiano poderá deter o controle da rede fixa da Telecom Italia com a oferta do fundo norte-americano de privaty equity KKR pela aquisição da operadora (lá conhecida também como TIM) . Segundo a agência de notícias Reuters, as resistências do principal sócio, a francesa Vivendi (que possui 24% das ações) está arrefecendo. Segundo fontes da agência, a Vivendi já está com menos resistências à proposta estadunidense ( que ofereceu € 10,8 bilhões pela operadora) e estaria “aberta em dar ao governo italiano o controle da rede de telefonia fixa da TIM”. Com esta oferta, o valor econômico da proposta pela  dona da TIM seria de € 33 bilhões, somando a grande dívida da operadora.

A Itália  recebeu € 6,7 bilhões fundo de recuperação da União Europeia para acelerar sua implantação nacional da rede de banda larga. O governo italiano está ansioso para atualizar a rede da TIM para fibra, pois é a principal infraestrutura de telecomunicações da Itália.

Conforme a agência, fontes afirmaram que a KKR aceita dividir a rede e dar ao investidor estatal CDP – o segundo maior acionista da TIM com uma participação de 10% – um papel de liderança na supervisão do ativo e distribuição da rede, uma perspectiva que a Vivendi pode agora estar mais aberta .

Avaliação da proposta

A empresa anunciou também ontem, 06, que já está selecionando os conselheiros que vão analisar a proposta de compra da KKR. O Goldman Sachs e LionTree foram nomeados como consultores financeiros. Os consultores jurídicos nomeados são Gatti, Pavesi, Bianchi e Ludovici.

Os conselheiros, segundo a operadora,  apoiarão o colegiado na análise e avaliação sustentabilidade financeira, à sua lógica industrial e quaisquer incertezas ou riscos de implementação.
Também caberá aos conselheiros apoiar a análise dos impactos sobre os aspectos de propriedade, ocupação e gestão, e estrutura de governança da potencial transação. Deverão levar em conta a natureza da atividade do grupo, seus próprios ativos, entre outras questões.
Os conselheiros apoiarão o colegiado ainda na “análise de possíveis alternativas estratégicas que possam maximizar a valorização e/ou desenvolvimento do grupo e de seus ativos no interesse da companhia”

 

 

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Da Redação

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