Gonçalves: Redes híbridas e o fim das barreiras físicas
por José Renato Gonçalves*
A transformação digital está em pleno desenvolvimento: até o final de 2017, consumirá U$S 1,2 trilhão em investimentos segundo dados da consultoria global IDC. Conectividade, serviços de TI, desenvolvimento e implantação de aplicações (AD&D), representam, juntos, mais da metade dessa previsão de gastos.
Uma das principais características da era da conectividade e da transformação digital é o aumento exponencial no volume de informações não só disponíveis, como também armazenadas e processadas. Do ponto de vista do negócio, o movimento não somente é instigante quanto absolutamente necessário, considerando os desafios atuais: ter uma estrutura que permita análise acurada e tempestiva de dados, que gere insights e transforme o go to market da companhia é essencial em tempos de competitividade cada vez mais acirrada.
Um pouco mais longe dos holofotes, o back office tem de se desdobrar para permitir a realização desse sonho: para que os dados sejam transformados em informações estratégicas e estejam disponíveis no momento adequado, é preciso uma revolução total em termos de configuração de rede e infraestrutura corporativa. E essa tarefa não é trivial.
Quando se fala em conectividade, é preciso entender que as empresas são complexos estruturais que têm um histórico e, muitas vezes, com uma infraestrutura legada. Por mais que seja necessário se adaptar ao futuro, é crucial atender plenamente às necessidades presentes e garantir a integração da estrutura existente – representado pelo histórico da companhia.
E é nesse cenário que o conceito de redes híbridas ganhou tração nos últimos cinco anos. Elas mesclam redes tradicionais e conexões totalmente digitais e na nuvem, permitindo que haja ganho de desempenho com tecnologias mais flexíveis e manutenção de um legado necessário. É o princípio da união de dois mundos.
Após esse passo, nasce um novo desafio: a segurança da informação. Um ambiente cada vez mais digital demanda estratégias mais acuradas, que evitem ciberataques. Considerando particularidades da empresa, o projeto deve proteger confiabilidade, integridade e a disponibilidade das informações. Nesse cenário, toda a organização deve estar preparada para lidar com a proteção de dados, processo que envolve apoio profundo dos colaboradores – a principal brecha da segurança da informação.
Mas essa é apenas uma parte da jornada. As redes híbridas são um passo necessário rumo a um ambiente mais flexível e seguro nas infraestruturas em cloud. Me refiro às redes definidas por software (Software-Defined Networks, SDN), que representam o fim da dependência do hardware e o uso do software como orquestrador de toda a rede. Será o fim das barreiras físicas.
*José Renato Gonçalves é responsável pela diretoria comercial no Brasil da Orange Business Services
**colaborou Wagner Bernardes, responsável pela diretoria comercial na Argentina e no Chile da Orange Business Services