Golden Cloud mira expansão pelo Brasil e disputa com nuvens estrangeiras

Hub de TI e nuvem projeta crescer 30% em 2024 e ganhar mercado no setor corporativo; empresa também atua em parceria com ISPs por meio de plataforma white label
Golden Cloud mira competir com nuvens de big techs no Brasil
Escritório da Golden Cloud, provedora de serviços de nuvem e TI (crédito: Divulgação)

Hub de TI e nuvem com sede em Fortaleza, a Golden Cloud projeta crescer 30% neste ano e mira expandir a atuação pelo Brasil, inclusive em parceria com provedores de serviços de internet (ISP). A empresa aposta na oferta de serviços de múltiplas nuvens, segurança cibernética, dashboards para análise de dados e digitalização para ganhar mercado.

No ano passado, a receita totalizou R$ 92 milhões. Para este ano, o faturamento deve subir para R$ 120 milhões. Atualmente, a carteira soma aproximadamente 460 clientes, com o setor público sendo responsável por 70% dos ganhos – o governo do estado do Ceará é um dos contratantes. Com isso, o objetivo agora é crescer no meio privado.

Em entrevista ao Tele.Síntese, Adriano Marques, diretor Institucional da Golden Cloud, diz que os negócios se concentram mais na região Nordeste, sobretudo no Ceará e em Pernambuco, além de São Paulo. A capacidade operacional, no entanto, permite que a empresa escale as atividades pelo território nacional.

“Temos nuvens montadas e funcionando em Fortaleza, Recife e São Paulo, com perspectiva de abrir em Curitiba e Brasília”, diz o executivo. “Também estamos vendo em Lisboa, pois temos empregados lá e fazemos o atendimento usando redes de cabos submarinos a partir de Fortaleza”, acrescenta.

Marques, ex-sócio proprietário da Wirelink, ISP com foco no B2B comprado pela Alloha Fibra em 2021, também diz que a ampliação dos negócios pela América Latina está em estudo.

União entre conectividade e TI

Na atualidade, a Golden Cloud conta com apoio de infraestruturas de data center Tier 3, em Fortaleza, São Paulo e Recife. No portfólio, a empresa disponibiliza acesso a nuvens de big techs, como Google, AWS e Microsoft, além de um ambiente próprio.

Segundo Marques, o que também chama a atenção dos clientes é a solução SquadBI, uma aplicação desenvolvida pela empresa com funcionalidades mais flexíveis do que o Power BI, e os softwares de segurança cibernética.

“Conseguimos ter vantagens em relação às grandes plataformas de nuvem porque cobramos em real e proporcionamos flexibilidade de pagamento. O cliente também sabe onde estamos. São 130 pessoas em escritórios físicos em Fortaleza e São Paulo”, afirma o executivo.

Para ganhar mercado, a empresa também tem investido em parceria com ISPs. A Golden Cloud fornece uma plataforma white label para provedores venderem serviços de nuvem e TI. Neste caso, embora a marca não apareça ao cliente final, a operação continua sendo feita Golden.

“O sonho de todo provedor é agregar serviços aos clientes. E, hoje, sabe-se que uma empresa gasta cinco vezes mais em TI do que em conectividade”, ressalta Marques.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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