G7: Lula defende governança internacional de IA, com pluralidade entre Estados

Presidente reforça desafios do ambiente digital em sessão de engajamento externo da Cúpula do G7, na Itália.
Presidente Lula participa de sessão de trabalho do G7, com países convidados e organizações internacionais sobre IA e outros setores, em Borgo Egnazia, na Itália | Foto: Ricardo Stuckert / PR
Presidente Lula participa de sessão de trabalho do G7, com países convidados e organizações internacionais sobre IA e outros setores, em Borgo Egnazia, na Itália | Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que as maiores economias do mundo implementem uma governança da Inteligência Artificial (IA) integrada. A proposta é um dos destaques de pronunciamento na sessão de engajamento externo da Cúpula do G7 nesta sexta-feira, 14, na Itália.

“Necessitamos de uma governança internacional e intergovernamental da IA, em que todos os Estados tenham assento”, afirmou o presidente a representantes do G7.

Lula entende que os países devem se interessar por “uma IA segura, transparente e emancipadora”, que “respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação”.

O chefe do Executivo também defendeu o uso de uma inteligência artificial “que potencialize as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e que contribua para a transição energética”.

“Uma IA que também tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países. E, sobretudo, uma IA como ferramenta para a paz, não para a guerra”, disse Lula.

O presidente acrescentou que “os países africanos são parceiros indispensáveis no enfrentamento desses e de outros desafios” e mencionou a integração da União Africana no G20.

Ao comentar desafios da era digital, o discurso reforçou a crítica “à concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de país” e destacou que “a inteligência artificial (IA) acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias”, portanto, “seus benefícios devem ser compartilhados por todos”.

Plano de IA

O governo federal esperava divulgar em junho deste ano um plano para IA que posicionaria o Brasil como potencial desenvolvedor da tecnologia e modelo no estabelecimento de diretrizes. A previsão era de apresentação durante a 5ª Conferência Nacional de CTI (5ª CNCTI), que estava prevista para este mês. Contudo, o evento foi adiado para ocorrer em 30 de julho a 1º de agosto, em decorrência das atenções voltadas para o estado de calamidade no Rio Grande do Sul.

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Da Redação

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