Fundos de investimento têm queda de captação no 1º semestre
Os fundos de investimento no Brasil fecharam o primeiro semestre com captação líquida de R$ 8 bilhões, em desempenho ajudado pelo segmento de renda fixa, mas bem abaixo dos R$ 272,5 bilhões de um ano antes, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Tal movimento tem como de pano de fundo um ambiente menos amistoso nos mercados, principalmente no segundo trimestre, em meio a aperto monetário no Brasil e em outras economias, incluindo os Estados Unidos, com preocupações sobre os potenciais reflexos no ritmo da atividade econômica global.
Nos primeiros dias do mês de julho, entre 4 e 8 do mês, os fundos registraram captação líquida positiva de R$ 32,3 bilhões, segundo a Anbima. O montante é a diferença entre R$ 218,3 bilhões de aplicações e R$ 186 bilhões de saques no período.
Os fundos de renda fixa contribuíram com o desempenho do setor com saldo líquido de R$ 28,8 bilhões. Deste total, R$ 22 bilhões foram resultado de aportes concentrados em três fundos. Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) tiveram captação líquida positiva de R$ 8,2 bilhões (R$ 8 bilhões representam aporte de um único fundo), os fundos de previdência de R$ 700,1 milhões e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) de R$ 565,7 milhões.
Os multimercados e fundos de ações tiveram resgates líquidos. O primeiro apresentou saídas líquidas de R$ 3,6 bilhões, enquanto o segundo de R$ 1,9 bilhão. Também fecharam o período no vermelho os ETFs (Exchange Traded Funds) com R$ 300,6 milhões e fundos cambiais com R$ 202,5 milhões, impactados por aporte de R$ 99 milhões de um fundo.
No ano, a indústria tem captação líquida acumulada de R$ 69,7 bilhões.
(com assessoria)