Fundo garantidor para ISPs: BDMG encontra solução em convênio com Sebrae
Um dos problemas que o governo federal tenta resolver há mais de dois anos, o fundo garantidor para empréstimos para provedores regionais de internet financiarem suas redes de banda larga, já foi resolvido pelo BDMG, o banco de desenvolvimento de Minas Gerais de forma simples. Ele fez convênio com o Sebrae, que tem um fundo garantidor para financiar PMEs. No caso do BDMG, o convênio era no valor de R$ 190 milhões. No momento, o banco discute sua renovação para o próximo período.
Segundo Rodrigo Teixeira Neves, gerente geral de Micro e Pequenas Empresas do banco, os provedores regionais de internet do estado podem recorrer ao fundo garantidor para dar aval aos seus financiamentos de infraestrutura. Embora não seja propriamente uma novidade, muitos empresários presentes ao 1º ISPs Cemig Telecom, realizado na semana passada em Belo Horizonte, não conheciam essa linha do banco. Entre os que manifestaram interesse pelo fundo garantidor estava Edmundo Rocha, diretor da Conecta, com sede em São João do Paraíso (MG), que pretende fazer uma rede de fibra óptica de 380 quilômetros para interligar 12 cidades da região.
No caso do fundo garantidor do governo federal, Artur Coimbra, diretor do Departamento de Banda Larga da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC, informou, durante o evento, que, finalmente, as negociações parecem estar em fase final com os ministérios do Planejamento e da Fazenda. O governo federal decidiu, no lugar de criar um novo fundo garantidor, usar um fundo da Agência de Administração de Fundos Garantidores, criada no governo passado, que já recebeu um aporte de recursos para facilitar negócios de infraestrutura. “O que é preciso agora é criar uma linha, dentro desse fundo, para os provedores regionais”, explicou Coimbra. Segundo ele, todo o arcabouço executivo – decreto, definição de recursos – já está pronto. Falta a publicação dos atos.
As linhas do BDMG
Um dos poucos bancos estaduais de desenvolvimento que restaram no país, o BDMG tem várias linhas para PMEs. Entre as mais recentes está a Minas Criativa, lançada este ano, voltada para atividades ligadas à economia criativa, onde se enquadram também os provedores regionais. É uma linha para capital de giro de até R$ 100 mil, com IOF de 0,88% (para empresas enquadradas no Simples) e 1,88% (para as demais), e carência de três a seis meses, e juros de 1,74% 912 meses) a 2,28% ao mês (48 meses).
Das linhas tradicionais do banco para PMEs (com faturamento até R$ 30 milhões) para a área de inovação, destacam-se as seguintes:
Pró-Inovação / Fapemig – até R$ 2 milhões por cliente; até 60 meses e custo de 8% ao ano.
• Proptec / Fapemig – até R$ 2 milhões por cliente; até 60 meses e custo de 9% ao ano.
• Inovacred / Finep – de R$150mil até:
– R$3 milhões por cliente para porte I e II.
– R$10 milhões por cliente para porte III.
– até 96 meses e custo de TJLP + spread BDMG .
• Inovacred Expresso / Finep – de R$50mil até R$ 150 mil por cliente; até 48 meses e custo de TJLP + spread do BDMG .
• MPME Inovadora / BNDES – até R$ 20 milhões por cliente; prazos e custos variando com o porte e o risco da operação. Preenchimento de Propostas.