Fonte anônima abre a primeira divergência pública no conselho da Anatel
O conselheiro Vicente Aquino abriu a primeira divergência pública com os demais dirigentes da Anatel devido a declaração de uma fonte anônima ao jornal Valor Econômico, em reportagem sobre a Oi, publicada na semana passada.
A reportagem afirma que uma fonte do governo teria dito que haveria preferência pela permanência no cargo do atual presidente da Oi, Eurico Teles. O jornal publicou uma série de matérias especulando, também por intermédio de fontes anônimas, que o atual presidente da Oi seria substituído, conforme vontade dos sócios. Mas não indicava que sócios seriam esses.
Aquino resolveu se manifestar publicamente contra a manifestação dessa “fonte” pois, no seu entender, esse informante não poderia falar em nome da Anatel, já que a agência não deve se manifestar sobre questões administrativas de seus regulados.
O que obrigou ao presidente da Anatel, Leonardo de Morais e a seu vice presidente, Emmanoel Campelo, a reagirem.
Morais afirmou que a recuperação judicial da Oi é a maior da história e que a Anatel sempre se pautou pela impessoalidade e pela busca de uma solução de mercado, apesar de haver ‘a época outras sugestões em tramitação. “Respeito a liberdade de expressão, mas não posso pautar a atuação da Anatel pela imprensa”, reagiu o presidente.
Já Campelo assinalou que a fonte citada na matéria sequer foi identificada como da agência reguladora, e, por isso, entendia que o assunto não mereceria qualquer consideração maior. “Tudo o que é referente à Oi deve ser tratado com o maior zelo, devido às grandes especulações que provoca. Agora, vão acabar falando que a Anatel se manifestou contra esse executivo”, reclamou.