Febraban quer mudança na devolução de dinheiro de golpe via Pix

Batizado de MED 2.0, o projeto da Febraban visa melhorias no atual Mecanismo Especial de Devolução, reforçando o combate a golpes e fraudes, além de aumentar as chances de reaver recursos; implantação é prevista para 2026

Febraban quer mudança na devolução de dinheiro de golpe via Pix

A Federação Nacional de Bancos (Febraban) anunciou nesta quinta-feira (13 de junho) que levou ao Banco Central (BC) uma proposta de melhorias para o Mecanismo Especial de Devolução (MED), recurso do Pix criado para facilitar as devoluções em caso de fraude ou golpe.

Chamado de MED 2.0, o projeto da Febraban quer que haja bloqueio de valores até outras camadas de triangulação do recurso. De acordo com a instituição, o BC aceitou a sugestão.

No fluxo atual do MED, quando o cliente é vítima de fraude, golpe ou crime, ele tem até 80 dias da data da realização do Pix para reclamar nos canais de comunicação da sua instituição financeira. A partir do registro da reclamação, os recursos são bloqueados na conta do recebedor e passam por uma análise detalhada do caso. Se for considerado procedente, os valores são devolvidos à vítima. Mas se o fraudador sacar o dinheiro, o que geralmente acontece em poucos segundos, o dinheiro não é devolvido. E a devolução no atual mecanismo depende de disponibilidade de fundos na conta do fraudador.

“Já observamos que os criminosos espalham o dinheiro proveniente de golpes e crimes em várias contas de forma muito rápida e, por isso, é importante aprimorar o sistema para que ele atinja mais camadas”, explicou Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da federação. “A Febraban acredita que o MED 2.0 será um grande avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes e possibilitará também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”, avalia.

Ao notar que caiu em um golpe, a orientação da Febraban é que o cliente entre em contato imediatamente com seu banco para que o MED seja acionado. Dessa forma, a chance de recuperação dos valores é maior. “Entendemos que o MED deverá estar em constante evolução para estarmos sempre a frente dos criminosos”, acrescenta Faria.

A expectativa é que o novo fluxo seja desenvolvido entre este ano e o próximo, e seja implantado em 2026. (Com assessoria de imprensa)

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Redação DMI

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