Febraban diz que vazamentos do Pix não foram em bancos
Embora o primeiro vazamento de dados do Pix, em agosto do ano passado, tenha sido no Banese, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) destacou que os casos recentes de vazamento do PIX que ocorreram nas últimas semanas não foram originados em bancos e sim em instituições de pagamento.
De acordo com a entidade, o sistema bancário confia nos mecanismos de segurança adotados pelo Banco Central, que já esclareceu o ocorrido, e possui robustas estruturas de monitoramento de seus sistemas.
A Febraban ressalta que os bancos utilizam o que há de mais moderno em termos de tecnologia e segurança da informação, sempre em consonância com as regras do produto estabelecidas pelo Banco Central. O primeiro ano de funcionamento do Pix comprova sua eficiência e segurança, com volumes significativos de transações e adesões.
O primeiro vazamento de dados do Pix, no entanto, foi o maior até agora, quando 414.526 chaves foram vazadas do Banco do Estado de Sergipe, Banese.
“A Febraban e os bancos associados têm como prioridade a segurança dos seus clientes e investem R$ 25,7 bilhões por ano em tecnologia e segurança da informação, através do monitoramento constante de suas respectivas infraestruturas”, diz a entidade em nota ao DMI.
“Os bancos sempre tiveram a preocupação com a preservação da segurança dos dados dos seus clientes e, além das regras da LGPD, estão sujeitos às regras do Banco Central e à Lei do Sigilo Bancário”, ressalta.
No dia seguinte ao vazamento do dia 3, a Febraban divulgou comunicado informando que os Bancos fortalecem regras para proteger dados pessoais de clientes. “O novo compromisso do Sistema de Autorregulação Bancária da Febraban prevê a elaboração e implementação de programas de governança em privacidade com requisitos mínimos e boas práticas”, ressaltou o comunicado.
De acordo com a entidade, os clientes do sistema bancário passarão a contar com novas normas de proteção a seus dados pessoais, em acréscimo à legislação em vigor. Aprovado em dezembro pelo Conselho de Autorregulação da Febraban, o Normativo SARB 25 estabelece princípios e diretrizes a serem adotadas pelas instituições financeiras para fortalecer a proteção dos dados pessoais dos consumidores, em conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Por Carmen Nery