Qualcomm, ASE e governo negociam abertura de fábrica de chips no país
As fabricantes de chips Qualcomm e Engenharia Semicondutores Avançada (ASE) negociam com o governo federal e de São Paulo a abertura de uma fundição no Brasil. Elas assinaram ontem, 08, em Brasília, um memorando de entendimento (MOU) com o Ministério da Ciência, tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o fundo de investimentos, o BNDES Par, e a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) um um Memorando de Entendimento que prevê uma análise conjunta dessa possibilidade.
Pelo memorando, empresas e governo se comprometem a formar uma joint venture caso decidam construir uma fábrica de chips usados em smartphones e dispositivos de internet das coisas. O MOU alega viabilidade técnica, comercial e financeira da cadeia de valor de semicondutores no Brasil. E diz ser preciso um esforço conjunto e coordenado de todas as partes para erigir o negócio.
“Nossa equipe está em processo de coleta de informação estratégica em um esforço conjunto para encontrar um local adequado para uma possível unidade de fabricação, caso a joint venture seja formada”, comenta Ermínio Lucci, diretor da Investe São Paulo, estado que pretende ser o escolhido para sediar a unidade fabril.
“Esperamos que as transações contempladas neste Memorando de Entendimento, após análise e aprovação, possam reforçar a participação do Brasil na cadeia de valor de semicondutores, e em especial atender ao ecossistema local de smartphones e desenvolver o ecossistema da Internet das Coisas,” complementa Rafael Steinhauser, vice-presidente sênior e presidente da Qualcomm América Latina.
“Como a principal empresa de montagem e teste de circuitos integrados do mundo, estamos entusiasmados com a oportunidade de expandir a nossa presença no Brasil”, disse Dr. Tien Wu, diretor de operações da ASE. O investimento na fábrica pode chegar a até US$ 200 milhões, divididos entre todos os membro da joint venture. Segundo o ministro Gilberto Kassab, do MCTIC, o projeto deve se tornar realidade em quatro anos.