“Everything as a site” pode liberar teles das licenças das prefeituras

Pequenos postes que podem ser instalados em qualquer lugar, estão sendo desenvolvidos para a 5G, mas já se antecipam para a solução de problemas atuais

cidades digitais city_terra936x600BarcelonaA tecnologia 5G, que chega ao mercado em 2020, consegue antecipar várias soluções para os problemas atuais. Esse é o caso, por exemplo, do conceito criado pela Huawei de “Everything as a site”. Embora desenvolvido para a próxima geração do celular, que vai necessitar de infinitos sites quase lado a lado para garantir a prometida latência de 1 ms (latência entre a transmissão que sai da torre e vai para o aparelho), essa solução poderá liberar as operadoras de celular da árdua tarefa de conseguir uma licença junto à prefeitura para instalar suas torres.

“A maioria dos locais com grande densidade de pessoas, e por isso com maior consumo de dados, é privada, pois são ambientes fechados, como shopping, estádios, prédios”, afirma Jefferson Taborda, gerente de Marketing – sênior da empresa. E é por isso que  a empresa desenvolveu um pequeno poste (com baterias retro alimentadas, capazes de durar 10 anos) que pode ser instalado em qualquer local indoor ou outdoor.

Quando a Huawei imagina tudo virando um site para a conexão de celular ela está levando em consideração até uma frota de ônibus (com mais de 6 milhões veículos) ou as centenas de outdoors espalhados por todas as cidades do mundo. tudo mesmo pode virar local apropriado para a instalação de um receptor de sinal de celular.

No Brasil, apesar de ter sido aprovada uma lei que determina o prazo máximo de 90 dias para a aprovação ou não de um pedido de instalação de antena de celular, a lei,. na prática, não pegou. As operadoras brasileiras continuam com muita dificuldades de aumentar a sua infraestrutura móvel.

Enquanto no Japão, por exemplo, estão instaladas 1.300 antenas para cada milhão de pessoas, no Brasil são apenas 420 sites por cada milhão de pessoas. E quanto menos site, pior é a conexão e a cobertura do sinal.

A jornalista viajou a convite da Huawei.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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