Eutelsat contrata Airbus para frota adicional de satélites OneWeb

Acordo prevê a entrega de 100 satélites, com os primeiros lotes previstos para o fim de 2026; novas unidades serão compatíveis com a constelação europeia IRIS²
Eutelsat escolhe Airbus para frota adicional de satélites OneWeb
Airbus ficará responsável pelos próximos satélites OneWeb (crédito: Eutelsat)

A Eutelsat escolheu a Airbus Defence and Space, subsidiária da Airbus dedicada ao segmento aeroespacial, para construir os próximos satélites da constelação OneWeb. O contrato prevê a entrega de 100 equipamentos. Valores da negociação não foram revelados.

A operadora via satélite informou que os primeiros lotes estão previstos para entrega a partir do final de 2026, de acordo com comunicado divulgado na terça-feira, 17. O objetivo é garantir a “continuidade e melhoria do serviço para clientes existentes e futuros”.

A constelação que opera na baixa órbita da Terra (LEO, na sigla em inglês) foi herdada da antiga OneWeb, empresa que se fundiu com a Eutelsat – formalmente, a companhia é chamada agora de Grupo Eutelsat.

Em nota, a operadora destacou que os novos satélites terão atualizações tecnológicas, notadamente a integração com redes 5G.

Além disso, as unidades adicionais serão compatíveis com a IRIS², constelação multiórbita bancada pela União Europeia (UE) e por empresas de satélite. O consórcio que ganhou a concessão do serviço, cujo contrato de 10,5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 64,5 bilhões) foi assinado na segunda-feira, 16, inclui Eutelsat, Hispasat e SES.

“Contamos com nosso parceiro de longa data, a Airbus, para começar a construir os primeiros lotes da próxima geração da nossa constelação OneWeb LEO, o que garantirá a continuidade do serviço da constelação existente com recursos de serviço aprimorados, à medida que avançamos em direção a um arquitetura alinhada com a constelação IRIS² em 2030”, afirmou Eva Berneke, CEO da Eutelsat, em nota.

A companhia ainda ressaltou que a aquisição da frota adicional de satélites integra as projeções de investimento para o ano de 2025 e não deve afetar o quadro financeiro a longo prazo.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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