EUA querem forçar empresas de semicondutores a informarem sobre seu inventário

Para isso, o país utilizara uma lei da Guerra Fria com o objetivo de identificar possíveis estocagens de semicondutores. A medida veio após uma sequente falta de transparência
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Crédito: Freepik

O governo Biden poderá forçar empresas envolvidas na cadeia de suprimentos de semicondutores a fornecerem informações sobre a venda de chips e dos inventários, informou a Bloomberg. A secretária do Comércio dos Estados Unidos Gina Raimondo teria afirmado em entrevista ontem, 24, que, para tanto, o presidente poderia se valer de uma lei da era da Guerra Fria.

O objetivo seria aliviar os empecilhos que paralisaram a produção automotiva e causaram a escassez de eletrônicos no país. A lei também viabilizaria a identificação de um possível acúmulo de semicondutores entre as companhias.

Durante meses, o Departamento de Comércio realizou reuniões com empresas ligadas ao ecossistema de semicondutores, a fim de obter mais informações. Até agora, entretanto, as empresas se recusaram a fornecer seus dados de negócios ao governo, que pede mais transparência.

No momento, o órgão está solicitando que as companhias preencham um formulário a respeito da cadeia de produção nos próximos 45 dias. Apesar disso não ser obrigatório, Raimondo avisou representantes do que poderá apelar para a Lei de Defesa da Produção ou outras ferramentas caso não obtenha respostas.

A lei em questão, criada durante a Guerra das Coreias, dá poderes substanciais ao presidente para controlar a produção industrial. Ele pode, por exemplo, restringir o acúmulo de suprimentos.

“Eu disse hoje que nós estamos avaliando todas as nossas opções agora, todas as ferramentas. Espero não ter que chegar a esse ponto, mas nós precisamos ver algum progresso e definitivamente precisamos de compliance”, disse a secretária. Raimondo relatou que há alegações de que certas companhias estão consumindo até três vezes mais semicondutores do que precisam.

“Fornecedores dizem ‘nós não conseguimos ter uma sinal preciso de demanda porque os consumidores estão estocando, então nós não sabemos qual o número preciso da demanda’. Alguns consumidores estão dizendo ‘nós não conseguimos ter respostas diretas dos fornecedores. Como pode ser que me disseram que eu poderia ter X e agora me dizem que posso apenas ter metade de X?'”, desabafou a secretária.

Ainda não está claro como o governo pretende usar a lei para obter informações de manufaturas de semicondutores ou de seus clientes. Raimondo também não especificou quais empresas seriam atingidas pela medida. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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