EUA e UE reforçam cooperação em torno de IA, semicondutores e 6G

Parceiros avaliam que Inteligência Artificial (IA) traz riscos às sociedades, estabelecem colaboração para fornecimento de chips e reforçam necessidade de aumentar a responsabilidade de plataformas online
EUA e UE estreitam laços para cooperações em torno de IA e semicondutores
IA, semicondutores e outros temas da indústria tecnológica pautam acordos entre EUA e UE (crédito: Freepik)

Em recente encontro bilateral, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) reforçaram diversos termos de uma cooperação transatlântica em torno de alguns dos principais temas de tecnologia da atualidade, como o desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA) e a produção de semicondutores, e do futuro, como o 6G.

Durante a reunião ministerial do Conselho de Comércio e Tecnologia EUA-UE, realizada na semana passada, autoridades de ambas as jurisdições avaliaram que, apesar dos consideráveis avanços tecnológicos proporcionados, a IA pode apresentar riscos para as sociedades. Com isso, estipularam a necessidade de trabalhar na identificação de padrões e ferramentas para desenvolver sistemas de IA confiáveis. No futuro, o trabalho incluirá IAs generativas.

Além disso, Estados Unidos e UE avançaram em uma cooperação envolvendo semicondutores, implementando acordos para alertas no que diz respeito à escassez na cadeia de suprimentos e uma política de transparência sobre subsídios. Na prática, decidiram aprofundar a colaboração prevista no âmbito de suas leis de chips e implementar um mecanismo de controle de subsídios, a fim de evitar uma competição entre os territórios.

Ainda na área de tecnologia, Estados Unidos e UE concordaram em acelerar as contribuições em direção a uma visão comum para a indústria do 6G. O país da América do Norte e o bloco europeu, além do mais, destacaram que as plataformas online devem exercer maior responsabilidade na proteção de menores no ambiente digital.

Adicionalmente, emitiram uma declaração conjunta estabelecendo ações para combater a manipulação e a interferência de informações em outros países, sobretudo na América Latina e na África.

O encontro também foi utilizado para avançar nos trabalhos conjuntos de mobilidade elétrica. Desse modo, os parceiros concordaram em implementar um padrão internacional comum para sistemas de abastecimento de veículos elétricos pesados.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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