EUA acusam ZTE de furar embargo ao Irã. China reage.
O governo dos Estados Unidos deve publicar até a próxima semana uma lista de sanções à fabricante chinesa ZTE por violação das regras comerciais do país. No caso, a companhia é acusada de criar um esquema para ajudar empresas norte-americanas de tecnologia a revender produtos no Irã, país sob embargo comercial e com o qual empresas locais são proibidas de negociar.
Conforme os sites Reuters e Financial Times, todas as empresas dos EUA que atualmente fornecem qualquer produto à ZTE deverão obter uma licença do Departamento do Comércio do país. O processo burocrático dificultará a aquisição de insumos por parte da companhia chinesa.
Dentro do departamento, segundo a Reuters, a ordem seria vetar a maioria os pedidos de licença. Dessa forma, nenhuma empresa norte-americana poderá vender produtos à ZTE. Também dependerão da licença empresas de outros países que revendam produtos norte-americanos à fabricante chinesa.
A ZTE afirma que está ciente das investigações nos Estados Unidos, que tem colaborado e está comprometida a resolver todas as exigências que o governo do país tenha. Entre as empresas que fornecem para a ZTE estão Qualcomm, Microsoft e IBM.
A decisão gerou movimento do governo chinês, que emitiu comunicado pedindo aos Estados Unidos para reconsiderar a decisão. O governo do gigante asiático classificou a ideia de sancionar a ZTE como equivocada e alegou que irá afetar as relações comerciais e bilaterais entre os países, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. (Com agências internacionais)