Escassez de suprimentos afetou a expansão do mercado de infraestrutura de TI

Ainda assim, o mercado local de infraestrutura de TI registrou faturamento de mais de US$ 300 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 13,5% em relação aos meses de abril, maio e junho de 2020

No segundo trimestre de 2021, o mercado de infraestrutura de TI registrou faturamento de mais de US$ 300 milhões, o que representa um crescimento de 13,5% em relação aos meses de abril, maio e junho do ano passado. Os dados fazem parte do levantamento trimestral realizado pela consultoria IDC Brasil.

Segundo Karina Silvestre, analista da IDC Brasil, os resultados refletem o movimento das organizações frente aos desafios trazidos pela pandemia. “Aumentar a produtividade tem sido o ponto de atenção das organizações. As empresas têm buscado consolidar suas infraestruturas de TI para torná-las mais eficientes e unir diferentes capacidades que cada modelo de infraestrutura pode oferecer, sejam modelos tradicionais ou de nuvem”, afirma Karina.

Entre os setores estudados pela IDC Brasil, armazenamento cresceu 11,1%, graças a grandes projetos empenhados anteriormente e finalizados no segundo trimestre. Outro setor que cresceu dois dígitos- alta de 28,5% em relação ao 2º trimestre de 2020 – foi networking, sendo que o segmento de redes de acesso foi o que mais avançou, enfatizando a busca das empresas por soluções que ajudem a suportar uma densidade maior de dispositivos conectados dentro do modelo de trabalho híbrido e remoto.

Já a receita do setor de servidores sofreu uma retração de 5,2% no mesmo período. De acordo com o estudo da IDC Brasil, isso se deve principalmente à falta de suprimentos. “Na verdade, todos os segmentos do mercado de infraestrutura TI foram impactados pelo problema e sofreram com a falta de equipamentos e atrasos nas entregas. Não fosse isso, os números seriam mais positivos”, analisa Karina.

O estudo do mercado de infraestrutura do terceiro trimestre está sendo finalizado, mas para o período a expectativa da IDC Brasil é de um movimento tímido, resultado da variação do dólar e dos problemas com a cadeia de suprimentos. “As empresas continuam reportando atrasos nas suas entregas, e consequentemente afetando a produção local dos principais fornecedores de infraestrutura. Vemos que o mercado está aquecido, mas pela falta de equipamentos muitos fabricantes tiveram que continuar postergando seus negócios e deve haver backlog nos próximos meses”, adianta a analista da IDC Brasil. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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