Ericsson anuncia a demissão de 1.200 funcionários na Suécia

Companhia diz que mercado de redes móveis segue desafiador e que corte de pessoal está em linha com a gestão de volumes mais baixos; no ano passado, empresa já tinha demitido 1.400 empregados em seu país de origem, além de corte global
Ericsson vai demitir 1.200 funcionários na Suécia para reduzir custos
Sede da Ericsson, em Estocolmo; nova rodada de demissão atinge funcionários na Suécia (crédito: Divulgação)

A Ericsson anunciou, nesta segunda-feira, 25, mais uma rodada de demissões na Suécia. O corte de pessoal vai atingir aproximadamente 1.200 funcionários.

Em comunicado, a fabricante de equipamentos de telecomunicações justificou as dispensas citando que “espera um mercado de redes móveis desafiador em 2024, com maior contração de volumes, enquanto consumidores permanecem cautelosos”. Desse modo, na avaliação da empresa, a redução de pessoal está “em linha com a gestão de volumes mais baixos”.

Além da demissão de funcionários, a fornecedora sueca indicou que vai implementar medidas de redução de custos abrangentes, como enxugamento do quadro de consultores, simplificação de processos e diminuição de instalações.

Por outro lado, a empresa apontou que busca seguir com a estratégia para obter taxas de crescimento mais elevadas e alcançar metas de margem de longo prazo, por meio dos serviços de redes móveis e da expansão da divisão focada no setor corporativo. Também destacou que manterá investimentos críticos para liderança em tecnologia.

Em nota, a fornecedora informou que já iniciou as negociações com os sindicatos representantes dos trabalhadores que serão atingidos pelo corte de pessoal.

Diminuição do quadro funcional

As dispensas anunciadas nesta segunda-feira se somam a outros processos de demissão em massa postos em prática pela Ericsson recentemente. Em fevereiro do ano passado, a companhia anunciou a extinção de 1.400 empregos na Suécia.

Poucos dias depois, como parte de um plano de redução de custos de 9 bilhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 4,3 bilhões), informou que promoveria um corte de 8.500 postos de trabalho em todo o mundo. O quadro de funcionários diminuiria cerca de 8%.

Na divulgação dos resultados financeiro de 2023, período em que a empresa registrou prejuízo líquido e queda de receitas, o CEO da Ericsson, Börje Ekholm, sinalizou que a companhia enfrentaria dificuldades neste ano.

Segundo ele, apesar das medidas para melhorar o desempenho, a fornecedora ainda não está satisfeita com o atual nível de rentabilidade. Além disso, afirmou que a empresa continuaria se esforçando em elementos que estão sob o seu controle, como eficiência operacional e gestão de custos. Em geral, a expectativa é de que o mercado de redes de acesso via rádio (RAN) fora da China tenha novo declínio em 2024.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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