Empresas dos EUA freiam investimentos em rede privada 5G

Grupo que declarou aumentar os investimentos em rede 5G corporativa caiu de 60,8 para 42,5% entre 2021 e 2023.
Empresas dos EUA freiam investimentos em rede privativa 5G
Pesquisa da IDC avaliou expectativa das organizações dos EUA com a rede 5G privada. Global Media Summit 2023 | Credito: Divulgação

O investimento em rede 5G corporativa desacelerou nos EUA no último ano.  As empresas aguardam soluções mais impactantes para voltar a apostar na nova tecnologia. É o que diz levantamento da International Data Corporation (IDC), apresentado no Global Media Summit 2023, nesta quinta-feira, 16, na Califórnia. 

A pesquisa, realizada com empresas norte-americanas, comparou a virada de 2021 e 2022 com 2022 e 2023. O grupo que  declarou aumentar os investimentos em rede 5G privativa caiu de 60,8% para 42,5% neste período. Já aquelas empresas que decidiram investir o mesmo valor do ano anterior passou de 24,2% para 45.2%. 

Quanto maior a intenção de investir em 5G, menor é o grupo. As empresas que decidiram gastar 15% a mais passaram de 29,1% de entrevistados para 15,8%. A intenção de crescer o orçamento da nova tecnologia em menos que 15% foi a escolha de 26,7% das empresas do último ano, contra 31.7% no período anterior.

Expectativa

Ao serem questionadas sobre quanto esperam que a conectividade 5G impacte o desenvolvimento de novos produtos, serviços, inovações e operações, 21.3% responderam, no último ano, “mínimo impacto”. No entanto, essa mesma resposta representava apenas 4,4% das empresas no ano anterior.

Entre 2021 e 2022, a maior expectativa predominante sobre a 5G privativa entre as organizações dos EUA era pelo “Impacto significativo”, com “melhora na conectividade, aumento da adoção potencial de aplicativos”, além de novas soluções sem fio. Esse grupo passou de 37% para 25,3%.

Quanto ao setor empresarial mais otimista com o 5G, o levantamento mostrou que as organizações de saúde (60%) e manufatura (51,5%) esperam o maior impacto comercial com a nova conectividade, principalmente por conta da automação, interação digital e resultados de negócios mais rápidos.

Para Paul Hughes, diretor de pesquisa sobre Futuro da Conectividade,”muito disso se baseia no fato de que as organizações estão realmente procurando os tipos de casos de uso, dependendo do mercado vertical em que estão, no sentido de trazer um novo nível de benefício para seus negócios”.

A repórter viajou a convite da Net Events para cobertura do Global Media Summit.

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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura de telecom nos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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