Empresas de telecom elevam gastos com segurança

Operadoras de telecom e provedores de banda larga brasileiros acreditam que ainda existe espaço para ampliar carteira de clientes e que investem em mais tecnologias de segurança para lidar com aumento do tráfego
(crédito: Freepik)
Aumento de tráfego exige aportes mais generosos em segurança por parte de operadoras de telecom e provedores(crédito: Freepik)

Pesquisa produzida pela empresa A10 Networks a respeito dos investimentos de operadoras e provedores de banda larga em segurança mostra que o volume de recursos para proteção das redes está em alta.

O estudo ouviu 2.750 profissionais de TI de empresas de telecomunicações em 11 regiões, inclusive Brasil. Por aqui, todos os entrevistados esperam que os volumes de tráfego aumentem até 2026, de acordo com o alinhamento mundial, com 15% afirmando que os volumes aumentarão entre 75% e 100%. O aumento médio esperado é de 59%.

À medida que operadoras e provedores planejam a expansão, sofisticam a segurança. Quando a A10 Networks realizou um estudo semelhante em 2021, o investimento em segurança estava fortemente focado em atualizações de firewall. Agora, embora as atualizações de firewall e appliance ainda sejam importantes, as empresas também focam em componentes de defesa da segurança da rede mais abrangentes.

No Brasil, os investimentos de segurança de rede de maior prioridade nos próximos 2 a 3 anos serão 26% na automação de políticas de segurança, 23% em depuração de nuvem DDoS, 23% na atualização de firewalls e outros dispositivos de segurança para novas ameaças e aumento do volume de tráfego e 23% – em sistemas simplificados e centralizados de gerenciamento e análise.

“Observamos um interesse crescente em soluções que permitam aos provedores dimensionar rapidamente os sistemas legados sem comprometer a segurança. Isso inclui soluções de IA, aprendizado de máquina e automação que eliminam a carga de gerenciamento e fornecem controle total sobre a rede”, conta Ivan Marzariolli, country manager Brasil da A10 Networks.

Provedores contra a exclusão digital

Uma das principais áreas de investimento das empresas é a expansão de suas redes para alcançar comunidades não atendidas ou desassistidas. Para atender às necessidades de comunidades assim no Brasil, 56% das empresas estão expandindo sua rede na expectativa de aumentar em mais de 10% a base de assinantes atual e 28% estão expandindo sua rede com a expectativa de atingir um aumento de mais de 50% da carteira.

Além disso, 31% dos entrevistados – a maioria dos quais era de operadoras – disseram que estão planejando construir data centers adicionais e expandir para fornecer capacidade extra para outros provedores de serviços, sendo que no Brasil a intenção da construção de data centers está em 16% das respostas dos entrevistados.

A migração para a nuvem corporativa

Como os clientes continuam a migrar para a nuvem, as operadoras e provedores podem agora avaliar o impacto que isso está causando em seus negócios. Para quase dois terços (63%), o impacto foi positivo, segundo a pesquisa em âmbito mundial.

A mudança corporativa para a nuvem teve um impacto positivo na receita de 27% dos CSPs do Brasil, porém ainda existe um núcleo sólido (19%) cujos clientes corporativos preferem permanecer on premise. Além disso, 20% dos entrevistados descobriram que seus serviços diferenciados aumentaram sua relevância para os clientes, enquanto 19% passaram a oferecer nuvem pública e serviços gerenciados de data center.

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Da Redação

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