Em 2 meses, insurtech Latú levanta US$ 6,7 milhões em rodada pré-seed
A Latú, insurtech focada em fornecer coberturas para empresas latino-americanas, anuncia nesta quinta-feira, 25, em rodada pré-seed, quando a startup está em estágio inicial de desenvolvimento, no valor de US$ 6,7 milhões (R$ 35 milhões). Liderada pela monashees e pela CRV (Charles River Ventures), a rodada também teve participação da ONEVC, Latitud e SVAngels.
Com o valor, a startup com menos de dois meses de operação, liderada pela colombiana Paola Neira, quer acelerar o desenvolvimento do serviço e aumentar o time de engenharia de dados e cibersegurança da Latú para criar produtos para pequenas empresas.
Com a Latú, abreviação para Latin American Tech Underwriters, as empresas podem obter cobertura de até US$ 10 milhões contra ações judiciais, ataques cibernéticos, tempo de inatividade, danos à propriedade, erros de profissão e lacunas de compliance, entre outros. E, ainda, políticas mais conhecidas como responsabilidade geral, propriedade, cibernética, Erros e Omissões (E&O) e Diretores e Executivos (D&O).
Paola Neira liderou anteriormente a equipe responsável por construir a tecnologia de logística da Rappi. Ela concebeu a insurtech Latú enquanto fornecia capital de giro para pequenas e médias empresas de um fundo que ela administra há mais de uma década. Ajudar esses negócios a fez perceber como era difícil para as empresas obterem apólices de seguro e como eram vulneráveis a milhões de riscos.
“As operadoras tradicionais têm tentado entender e combater os riscos atuais com ferramentas antiquadas, que limitam o crescimento do mercado. A insurtech Latú quer mudar radicalmente a forma como o seguro empresarial funciona, impulsionando a inovação na indústria. Há uma verdadeira sensação de empoderamento ao apoiar as empresas da América Latina, ao oferecer acesso a produtos financeiros aos quais, de outra forma, essas organizações não teriam acesso”, explica Paola.
Segundo a executiva, a ‘verdadeira mágica’ acontece quando se combina o conceito de rede de proteção, que é fundamentalmente o cerne do mercado de seguros, com tecnologia. “Temos uma oportunidade incrível de substituir apólices desatualizadas por parcerias vitalícias de mitigação de riscos, que funcionam melhor para resolver as necessidades de um mundo acelerado e hiperconectado. As empresas não podem mais confiar em livros de papel, mas querem e merecem alavancar uma mistura de inovação tecnológica, experiência em seguros e conhecimento local que é exatamente o que estamos usando na Latú para construir produtos”, conclui.
Fabiola Quinzaños, da monashees, ressalta que as empresas na América Latina são severamente mal atendidas pelo setor de seguros. “Menos de 20% delas têm pelo menos uma apólice, comparado a 70% nos mercados desenvolvidos. Paola conseguiu atrair uma equipe de ponta com habilidades complementares, colocando-a na melhor posição para reinventar a forma como o seguro é consumido na América Latina e democratizando o acesso”, afirma
Para James Green, sócio geral da CRV, há muito tempo existe um desafio para as empresas em obter seguro e a proteção necessária para permitir que cresçam. “Ironicamente, garantir o seguro é o que literalmente desbloqueia o crescimento, permitindo que elas façam negócios com grandes corporações, garantam financiamento, abram uma nova vertical e muito mais. Nós, da CRV, acreditamos que as empresas fundamentais são criadas fortalecendo dados demográficos específicos e estamos profundamente entusiasmados com a ideia de que Paola pode fazer isso dando acesso a seguros para os negócios da América Latina”.
(com assessoria)