Ebanx demite 340 funcionários, 20% do seu quadro
O Ebanx, fintech de meios de pagamento com sede em Curitiba (PR), anunciou nesta terça-feira, 21, que está reformulando as suas estruturas para focar no ‘que sempre foi o seu core business: pagamentos internacionais’.
Para tanto, o Ebanx está descontinuando algumas operações e demitindo cerca de 20% do seu quadro de funcionários de mais de 1,7 mil pessoas.
“A decisão foi tomada com base no cenário atual do mercado de tecnologia como um todo, impactado de forma profunda e veloz pelo ambiente macroeconômico. O Ebanx mantém o compromisso com sua sustentabilidade e crescimento, seguindo na missão de gerar acesso entre consumidores e empresas globais”, afirma o comunicado.
De acordo com a nota, “os funcionários impactados por essa reestruturação receberão, juntamente com a sua rescisão, um pacote diferenciado de benefícios que inclui valores adicionais e extensão do plano de saúde, além do computador de trabalho”.
Desde março deste ano que a fintech vem adiando qualquer captação de recursos para o segundo semestre devido à volatilidade que tem impactado a avaliação das empresas e o humor dos investidores.
Em dezembro, o Ebanx anunciou a aquisição da empresa de transferência de dinheiro Remessa Online por R$ 1,2 bilhão. Em junho de 2021, a Advent International pagou US$ 430 milhões por uma participação minoritária no Ebanx.
Fundado em 2012, o Ebanx ficou conhecido por uma solução que ajuda plataformas estrangeiras a venderem no Brasil com pagamentos em moeda local. O Ebanx é o primeiro unicórnio da região Sul do Brasil – atingiu status em outubro de 2019 após um aporte de valor não divulgado do fundo FTV Capital. Desde então, a empresa não divulgou mais o seu tamanho.
A crise dos unicórnios já atingiu seis gigantes nacionais: QuintoAndar, Loft, Facily, Olist, Vtex e Mercado Bitcoin realizaram cortes nos últimos dois meses. Além disso, a mexicana Kavak, startup mais valiosa da América Latina, enxugou cerca de 300 funcionários de suas operações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre as startups menores, nomes como Sanar, Sami, Zak e LivUp também já realizaram cortes.
(com assessoria)