Drex entra em 2ª fase de testes e deve ser lançado só em 2025
Uma resolução do Banco Central (BC) publicada nesta quarta-feira, 22, anunciou alterações no cronograma do projeto piloto do Drex, o real digital, que terá uma segunda fase de testes.
De acordo com o BC, as soluções de privacidade testadas até agora não apresentaram “a maturidade necessária” para garantir o atendimento dos requisitos jurídicos relacionados à preservação da privacidade dos usuários.
Nesta nova fase de testes do Drex, a infraestrutura com tecnologia de registro distribuído (DLT, na sigla em inglês) desenvolvida para o piloto, vai testar a implementação de smart contracts criados e geridos por terceiros participantes da plataforma.
Além disso, haverá a inclusão no ambiente de testes do Drex de ativos não regulados pelo BC.
Para que isso seja possível, a autarquia destaca que será necessária a participação de outros reguladores na plataforma Drex, em especial a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que já acompanha a evolução da moeda digital no país.
O BC comunica ainda que, nas próximas semanas, vai determinar um prazo para que os atuais participantes do projeto piloto do Drex apresentem suas propostas de casos de uso da plataforma.
As iniciativas selecionadas pela autarquia serão testadas a partir do mês de julho. Além disso, ao longo do terceiro trimestre deste ano, outras entidades interessadas em participar dos testes do piloto do Drex poderão enviar suas propostas de candidatura.
O projeto do real digital foi lançado em março de 2023. Em agosto, o projeto da moeda digital do BC recebeu o nome de Drex e havia, naquela época, a expectativa de que ela já estivesse à disposição dos correntistas no fim deste ano.
Agora, com a nova fase de testes, o Drex fica para o próximo ano, já que a previsão é que a implementação de smart contracts seja testada até o fim do primeiro semestre de 2025. (Com informações do Banco Central)