Dona do Google desacelera forte e levanta temor sobre desaquecimento dos EUA

Microsoft também divulgou resultados, com queda nos lucros e alerta para diminuição do ritmo de expansão em nuvem
(Crédito: Freepik)
A Alphabet, dona do Google, desacelera. A holding reportou hoje, 25, receitas de US$ 69 bilhões, alta de 6% na comparação com o terceiro trimestre de 2021. No entanto, no mesmo período do ano passado as receitas haviam subido 41%. O lucro líquido da companhia caiu. Foram US$ 13,91 bilhões no trimestre, contra US$ 18,9 bilhões no mesmo período do ano passado.

A empresa registrou aumento nas receitas com publicidade, mas diminuição das receitas do Youtube e da Google Network (sites do grupo). Faturou menos com outros serviços também,  cresceu em nuvem, mas ainda não o suficiente para superar as despesas que tem no segmento.

A CFO da companhia, Ruth Porat disse que a empresa está “realinhando recursos” para alimentar suas “mais altas prioridades”. Ela também falou, em call com analistas, que a base de comparação de venda de anúncios estava muito elevada, uma vez que em 2021 os resultados foram impulsionados por uma migração em massa ao digital devido à pandemia de covid-19.

O resultado desagradou investidores da Nasdaq, que venderam os papeis da empresa, levando a uma queda de 5%. Segundo analistas, o resultado do Google, de menor ritmo que o previsto por eles para geração de receitas com publicidade, pode ser um indicador de que a economia dos Estados Unidos estaria em desaquecimento.

Microsoft

Enquanto o Google desacelera, a  Microsoft também traz sinais de alerta. A companhia, igualmente, apresentou resultados trimestrais nesta terça-feira. O lucro líquido da gigante caiu 14%, para US$ 17,6 bilhões. As receitas, no entanto, cresceram 11%, para US$ 50,1 bilhões. A empresa registrou queda de 7% do valor das ações no pregão do dia, depois de avisar, na conferência com analistas, que o segmento de nuvem não vai repetir o crescimento do passado, uma vez que grandes clientes estão pisando no freio. O segmento de nuvem cresceu 24% e faturou US$ 25,7 bilhões.

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Da Redação

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