Dívida Bruta deve fechar o ano em 77,5% do PIB, indica estudo

A previsão é da casa de análises do TC, plataforma que conecta a comunidade brasileira de investidores.

Apenas 40% das empresas quitaram dívidas, diz Serasa - Crédito: Freepik

A Dívida Bruta do país deve fechar o ano em 77,5% do PIB. A previsão é da casa de análises do TC, plataforma que conecta a comunidade brasileira de investidores, e foi divulgada no relatório “TC Matrix Mensal | Outubro | Riscos & Oportunidades”. O material traz expectativas também para o PIB, IPCA, câmbio e Selic.

“A dívida bruta do governo geral atingiu 77,48% do PIB em agosto ante 78,2% de julho, caindo em 9 dos últimos 10 meses. O resultado do mês consolida um déficit nominal de R$65,9 bilhões. Nossas expectativas para a Dívida Bruta do Governo Geral agora são de 77,5% para 2022, número que deve saltar para 82% até 2024, para então entrar em tendência de queda”, diz o relatório do TC.

De acordo com o documento, “a leitura do mês [de agosto] foi impactada sazonalmente pelo comportamento dos gastos com precatórios, mas o crescimento econômico robusto esperado para 2022 e o desempenho do mercado de trabalho dão um tom positivo para a arrecadação, o que pode mitigar os efeitos deletérios do crescimento dos gastos com juros sobre as contas públicas”.

“Para setembro, esperamos um superávit primário de R$15,75 bilhões, e déficit nominal de cerca de R$46,57 bilhões nas contas do governo”, acrescenta.

Cenários

O levantamento do TC apresenta também estimativa de um crescimento no PIB de 3,00% em 2022. “No cenário pessimista podemos chegar a 2,64%, e no cenário otimista 3,63%”. No mês passado, o BC projetou crescimento do PIB para 2,7%, neste ano.

Já para o IPCA a previsão é de que feche em 5,60% em 2022, com 5,90% em um cenário mais pessimista e 4,94% em uma estimativa mais otimista. “O Índice de Preços ao Consumidor Amplo caiu 0,29% em setembro na base mensal, marcando o terceiro mês consecutivo de deflação no Brasil”, com queda de preços de cerca 1,32% no terceiro trimestre. “No ano, o IPCA acumula alta de 4,09%, e em 12 meses, de 7,17%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística”, justifica o relatório.

Para 2023, a expectativa é de um IPCA de 4,75%. “Na nossa visão, ainda há riscos em ambas as direções e o patamar de preços no grupo de serviços ainda preocupa”, aponta o estudo.

Em termos de política monetária, o Banco Central decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75%, mas de forma não consensual. A autarquia optou por enfatizar em ata o compromisso com a ancoragem de expectativas e, ao reforçar esta sinalização, destacou que retomarão o aperto monetário se porventura o processo de desinflação não evolua conforme o esperado. A expectativa é que a Selic em 13,75% permaneça até o final de 2022, com um cenário pessimista em que chegue a 14,25%, e no otimista, 13,75%

Outra estimativa aponta o câmbio em R$ 5,25 até o final de 2022, com variações de até R$ 5,42 (cenário pessimista) ou redução até R$ 5,10 (numa previsão otimista).

 

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Redação DMI

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