Desemprego cai a 6,8%, menor taxa desde 2012
No segundo trimestre do ano, entre maio e julho, a taxa de desemprego apresentou a menor taxa para o mesmo período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice, divulgado nesta sexta-feira, 30 de agosto, caiu para 6,8%, 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao meses de janeiro a abril (7,5%).
A pesquisa do IBGE mostra também que o número de pessoas desempregadas caiu para 7,4 milhões, o menor registrado desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
“O trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho que vinham sendo observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores”, disse a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.
Recorde
Ao mesmo tempo em que a taxa de desemprego apresenta a menor taxa para um segundo trimestre do ano desde 2012, o número total de trabalhadores bateu novo recorde e chegou a 102 milhões. De acordo com a Pnad Contínua, o número representa um crescimento de 1,2% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Já no acumulado de 2024, o aumento é de 2,7% no número de trabalhadores.
No setor privado, foram registrados 52,5 milhões de trabalhadores (alta de 1,4% no trimestre), sendo 38,5 milhões com carteira assinada e 13,9 milhões, sem. O comércio foi o responsável por impulsionar as contratações no setor privado, contribuindo com 368 mil pessoas contratadas, um aumento de 1,9% entre maio e julho.
Também houve crescimento do contingente de trabalhadores no setor público, que chegou a 12,7 milhões, alta de 3,5% na comparação com o trimestre anterior.
Para a analista do IBGE, “a ocupação no setor público vem apresentando crescimento ao longo de 2024, principalmente entre os trabalhadores que atuam no segmento do ensino fundamental e na administração pública municipal”.
O IBGE informou ainda que o número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) ficou estável em relação ao primeiro semestre do ano, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) e de empregadores (4,2 milhões)
A taxa de informalidade no mercado de trabalho também ficou no mesmo patamar do primeiro semestre do ano. O índice registrado foi 38,7% da população ocupada (ou 39,4 milhões de trabalhadores informais).