Departamento de Justiça dos EUA acusa Google de práticas anti-competitivas
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, juntamente com 11 estados, abriram processo contra o Google. Acusam a big tech de condutas ilegais e anti-competitivas, desrespeitando as leis antitrustes do país. De acordo com o processo, que foi registrado em Washington D.C., o Google pratica ações excludentes em suas ferramentas de pesquisa e publicidade com o intuito de sufocar a concorrência e, assim, manter o monopólio.
Durante um ano o Google ficou sob investigação do Departamento de Justiça, tendo, inclusive, de entregar a eles diversos documentos de conteúdo sensível. A partir disso, o órgão alegou que o Google fechou diversos acordos que proíbem a pré-instalação de ferramentas de pesquisas concorrentes.
Além disso, a multinacional formava parcerias que forçavam a pré-instalação de seu aplicativo de pesquisa em dispositivos e usava seus lucros para conseguir benefícios para seus serviços, “criando um ciclo contínuo e que se reforça de monopolização”, conforme a apuração do Departamento.
Por exemplo, por meio do Android, o Google forçava empresa fabricantes Sansung e LG a configurar a ferramenta de pesquisa Google como padrão nos dispositivos. Com a Apple, o Google também fechou um contrato de longo prazo, segundo o qual a sua ferramenta de pesquisa e outros serviços seriam o padrão nos aparelhos Apple.
O procurador geral Wiliam Barr declarou: “hoje milhões de americanos dependem da internet e de plataformas online em seu cotidiano. Competição na indústria é vital e é por isso que é o desafio de hoje contra o Google, o guadião da internet, por violar leis antitrustes é um caso monumental tanto para o Departamento de Justiça quanto para o povo americano”.
Por conta desse monopólio, diversas empresas não conseguem se desenvolver, competir e disciplinar o Google, conforme a notícia do Departamento. Sem competição, a inovação da tecnologia também fica prejudicada.
O Google se defendeu em nota afirmando que as acusações do Departamento são “profundamente erráticas” e que “as pessoas usam o Google por opção própria, não porque são forçados ou não encontram alternativas”. A multinacional, atualmente, já foi multada pela União Europeia por conta do mesmo tipo de prática. (Com agências internacionais)