Demanda do varejo leva Brink’s a lançar nanocofre

Com capacidade para movimentação mensal de até R$ 45 mil, cerca de 9% do modelo standard da empresa, o nanocofre foi desenvolvido pela multinacional americana no Brasil para atender redes varejistas, como farmácias e postos de gasolina
Demanda do varejo leva Brink’s a lançar nanocofre
Nanocofre atende necessidade de redes de varejo e também pode ser útil para pequenos comércios, acredita Roberto Martins, presidente da Brink’s no Brasil | Foto: divugalção

Presente no Brasil desde 1966, a multinacional americana que atua no setor de gestão de dinheiro e valores, soluções digitais para o varejo e serviços de gerenciamento de caixas eletrônicos, acaba de lançar um modelo de cofre que tem capacidade de armazenar uma movimentação mensal de numerário 9% menor que o tamanho standard da companhia.

Enquanto este foi projetado para negócios com movimentações mensais superiores a R$ 500 mil, o nanocofre foi desenvolvido para clientes que movimentam até R$ 45 mil no mês.

“A Brink’s lançou o nanocofre porque houve a demanda dos clientes do varejo. Dentro de uma mesma rede de farmácias ou postos de gasolina, há as unidades que têm mais venda e as que têm menos venda. E ainda, nas capitais, se paga com menos dinheiro e mais cartão. Então, havia essa necessidade de um cofre menor, dimensionado para o quanto aquele estabelecimento recebe de dinheiro”, explica Roberto Martins, presidente da Brink’s no Brasil.

Martins conta que o nanocofre foi desenvolvido dentro da própria fábrica da Brink’s e acredita que o modelo, que já está tendo bastante procura, deve atender às necessidades de lojas de redes de varejo que têm unidades com menor movimentação, mas também negócios menores. “Ainda não tínhamos um produto que pudesse atender pequenos comércios e o nanocofre pode ser utilizado por esses diferentes públicos”, afirma.

Cofre compartilhado

Outra solução da empresa que pode servir a varejistas de pequeno e médio porte é um modelo de cofre compartilhado. De acordo com Martins, essa solução foi desenvolvida nos Estados Unidos, mas foi bem aceita no Brasil, principalmente, para lojistas de centros comerciais, como shopping centers. Ou seja, empresas com CNPJs diferentes dividem os custos de ter a gestão de numerário por meio de um cofre.

Nesse caso, cada lojista paga de acordo com o volume de dinheiro que é depositado. Automaticamente, a máquina faz o gerenciamento dos valores dos diferentes usuários. “É uma forma de democratizar o acesso à segurança de um cofre, além de facilitar a vida do varejista, que não precisa mais ter alguém responsável por transportar o dinheiro até o banco, por exemplo”, diz Martins.

Digitalização

Assim como outras empresas que trabalham com gestão de numerário, a Brink’s vem acompanhando a evolução do sistema financeiro. Desde 2019, a empresa tem como opção para os clientes que utilizam seus cofres uma conta digital, que é a Brink’s Pay. Além de receber os valores depositados no cofre nessa conta, ela também pode ser utilizada como uma conta bancária qualquer, para pagamento de boletos, recargas ou transferências via Pix.

“Independentemente de utilizar a nossa conta digital ou a de outros bancos, o varejista recebe os valores no mesmo dia. Ele pode escolher que o dinheiro vá para a conta dele, depósito ou uma vez ao dia”, explica o presidente da empresa.

Com a adoção dos chamados cofres inteligentes, além da transferência rápida das vendas para a conta do varejista, a Brink’s consegue diminuir as idas aos comércios para retirada do dinheiro. “Só vamos fazer a coleta quando o volume do cofre está em 80% da capacidade. A própria máquina nos avisa. Isso traz mais segurança e também ganhos de sustentabilidade, pois diminui a emissão de CO2 com menos rodagem dos carros-fortes.”, diz Martins.

Os cofres da empresa têm ainda uma funcionalidade que pode ser utilizada pelos lojistas. Chamada de recicladora, a tecnologia permite retiradas para uso como troco. “E estamos trabalhando numa novidade para nossos clientes, que é uma solução para saque via Pix pelos usuários dos estabelecimentos. Estamos na fase piloto dos equipamentos”, conta o executivo.

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Simone Costa

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