DeFi traz novos riscos para investidores
As DeFi, finanças descentralizadas, começam a gerar riscos para os investidores à medida que evoluem para competir com os mercados internacionais, alertou, nesta quinta-feira, a Organização Internacional de Valores Mobiliários (IOSCO) sobre o rápido crescimento dos ativos digitais.
A falta de transparência de produtos e sistemas, a baixa confiabilidade dos sites DeFi e os possíveis problemas na operação em escala são os principais riscos das Finanças Descentralizadas apontados pela IOSCO, associação global que conta com representantes em mais de cem países.
As plataformas DeFi permitem que os usuários emprestem, tomem emprestado e economizem em ativos digitais, contornando os reguladores tradicionais, como bancos e bolsas.
Grande parte das funções dessas plataforma é replicar serviços e atividades financeiras mais tradicionais, porém sem a regulamentação necessária, o que pode impactar em maiores riscos para os investidores, conforme o relatório publicado pela IOSCO, formada por reguladores de valores mobiliários dos Estados Unidos, Europa e Ásia.
De acordo com o documento, os sites DeFi afirmam ser descentralizados sem nenhuma entidade exercendo o controle, mas a IOSCO afirma que investidores profissionais ou de venture capital, em geral, exercem o controle final sobre a governança.
Além disso, plataformas de negociação centralizadas que oferecem serviços DeFi, como negociação e empréstimos, também podem ter potenciais conflitos de interesse, diz o órgão, sem dar mais detalhes.
O valor total de ativos nas plataformas DeFi atingiu um recorde de mais de US$ 111 bilhões em novembro de 2021, refletindo os movimentos do Bitcoin. Atualmente, está em torno de US$ 80 bilhões, com base no site de dados DeFi Pulse.
(Com Reuters)