De sete países, Brasil tem sexta menor capacidade disponível da Starlink
O Brasil, em um levantamento com sete países, ocupa a penúltima posição no que diz respeito à capacidade disponível de internet do serviço Starlink, oferecido pela SpaceX.
Com conexão de 399 Gbit/s, o País só fica à frente da Índia (198 Gbit/s), de acordo com dados apresentados por Christopher Baugh, head da Northern Sky Research (NSR – unidade dedicada ao mercado satelital da consultoria Analysys Mason), em evento online na segunda-feira, 10.
Austrália (554 Gbit/s), China (910 Gbit/s), Estados Unidos (1137 Gbit/s), Canadá (1473 Gbit/s) e Rússia (1988 Gbit/s) contam com capacidades de tráfego de dados mais robustas, conforme o mesmo levantamento.
Os números dizem respeito à primeira geração do serviço Starlink, cujas constelações (grupos de satélites que orbitam a Terra de forma sincronizada) devem entregar 40,330 Gbit/s.
“O Brasil, definitivamente, está na parte inferior [da capacidade] da primeira geração de constelações”, afirmou Baugh.
O analista destacou que a SpaceX, fundada pelo bilionário Elon Musk, tem lançado novos lotes de satélites à órbita terrestre a cada seis ou sete dias. Contudo, o funcionamento da internet via satélite depende do sinal direcionado à região.
“É preciso analisar as constelações localmente para entender a capacidade do serviço”, pontuou.
Starlink
A rede Starlink tem o objetivo de oferecer, via satélite, banda larga de alta potência, mesmo em regiões remotas, onde falta infraestrutura de conexão a cabo ou a fibra óptica.
Em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou o funcionamento da Starlink em território nacional. A outorga permite que 4.408 satélites de órbita baixa irradiem sinal para o País – por enquanto, o serviço funciona apenas no Sudeste.
Em visita ao Brasil em maio, Musk se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e outras autoridades. Na ocasião, foi anunciado que o serviço da Starlink será usado para conectar 19 mil escolas na Amazônia, de modo a levar internet a 100% das instituições de ensino fundamental e média da região. Detalhes sobre o acordo ainda não foram revelados.