Dark web vende cartão brasileiro por R$ 36
Um novo estudo da empresa de segurança cibernética NordVPN analisou dados de 227 mil cartões de pagamento brasileiros vendidos na dark web. De acordo com essa pesquisa, o preço médio de um cartão de pagamento brasileiro é de R$ 36,02 reais.
“Os cartões de pagamento brasileiros são muito baratos (em comparação com a média mundial de R$ 52,13) por causa das políticas amigáveis de prevenção de fraudes contra cartões de pagamento do país. Se um cartão de pagamento perdido ou roubado for usado de forma ilegal, a responsabilidade recai sobre a operadora do cartão. No entanto, o sistema ainda não é perfeito, pois os bancos não são incentivados a implementar medidas extras para proteger seus usuários. Talvez seja por isso que o Brasil tenha uma adesão de cartão de crédito per capita tão baixa”, afirma Marijus Briedis, CTO na NordVPN.
Os preços dos cartões de pagamento brasileiros descobertos variaram de R$ 5,43 a R$ 48,89. Embora a grande maioria (125.244) dos cartões de pagamento custasse R$ 48,89, o preço médio de todos os cartões encontrados foi de R$ 36,02.
Os cartões mais caros foram encontrados no Japão (preço médio R$ 29.229,40), enquanto os cartões mais baratos na dark web pertenciam a Honduras (preço médio inferior a R$ 6,13).
“Os preços dos cartões dependem principalmente da demanda. Quanto maior a demanda, mais dinheiro os criminosos podem cobrar por determinados dados que tentam vender. Nesse caso, a demanda se correlaciona diretamente com a facilidade de roubar dinheiro de um cartão e quanto dinheiro pode ser roubado. É por isso que os cartões mais caros vêm de países com maior qualidade de vida ou medidas de segurança bancária mais pobres”, diz Marijus Briedis.
227 mil cartões de brasileiros vazados
Um total de 227.353 cartões de pagamento encontrados hackeados pertenciam a brasileiros. O país mais afetado foram os EUA, com 1.561.739 dos 4.481.379 cartões de pagamento encontrados à venda. A segunda nação mais afetada foi a Austrália, com 419.806 cartões descobertos à venda na dark web.
“A maneira mais comum pela qual esses cartões de pagamento acabam à venda é o ataque de força bruta. Isso significa que os criminosos basicamente tentam adivinhar o número do cartão e o CVV. Os primeiros 6-8 dígitos são os números de identificação do emissor do cartão. Isso deixa os hackers com 7-9 números para adivinhar, pois o 16º dígito é uma soma de verificação e é usado apenas para determinar se algum erro foi cometido ao inserir os números”, explica Marijus Briedis.
Para se protegerem, recomenda-se que os usuários fiquem atentos e revisem seu extrato mensal regularmente para garantir que não ocorreram transações suspeitas. Também é importante prestar atenção às medidas de segurança implementadas ao escolher um banco.
(com assessoria)