Custo da TIC para o governo sobe menos que a inflação
Com variação de 0,17% em agosto, o Indicador Ipea Mensal de Custo de Tecnologia da Informação (ICTI) ficou 0,13 ponto percentual acima do registrado em julho (0,04%). Esse foi o menor nível para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2013. Nos 12 meses encerrados em agosto, embora tenha se situado próximo ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o ICTI subiu 4,09% – evolução menor que a dos demais índices de inflação, principalmente por conta da variação relativamente pequena dos gastos com pessoal.
Entre os oito grupos de serviços que compõem o ICTI, a energia elétrica apresentou a maior variação no acumulado de 12 meses até agosto, 16,86%, enquanto os gastos com pessoal avançaram 3,41%. No entanto, as despesas com energia elétrica têm um peso bem menor na composição do índice que o grupo pessoal.
“Os custos efetivos na área de TI podem evoluir de forma distinta da média dos preços na economia, captada pelos índices gerais, e os reajustes de valores contratuais do governo federal com base nesses índices gerais podem configurar prejuízos indevidos ao erário público ou às empresas fornecedoras de serviços de TI, causando distorções indesejáveis nas contas públicas e na economia do país”, explica Marco Antônio Cavalcanti, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
O ICTI capta a evolução dos custos da área de tecnologia de informação e serve para embasar os reajustes de valores contratuais do governo federal, podendo ser usado também pelo setor privado. Os grupos de serviço analisados são: pessoal; serviços profissionais e outros; aluguel de imóveis; demais despesas operacionais; comunicação; energia elétrica; depreciação e amortização; e material de consumo. (assessoria de imprensa)