Crise global de semicondutores deve acabar
A crise global de semicondutores que prejudicou a produção de componentes eletrônicos usados em equipamentos desde smartphones a carros, corre o risco de ter seu fim antecipado com uma queda nos preços dos chips gráficos (GPUs).
A inflação, o lockdown na China e a guerra na Ucrânia foram considerados por analistas como os principais ofensores pela redução na cadeia de suprimentos da indústria de semicondutores.
A queda da demanda dos mercados de PCs e smartphones também tem contribuído para a diminuição de preços de outros chips, como processadores centrais (CPUs) e alguns chips de memória, segundo especialistas.
A expectativa, segundo eles, é que o fornecimento de alguns outros chips produzidos em máquinas mais antigas enfrentarão sobra de capacidade no segundo semestre deste ano.
Depois que os preços dos microprocessadores caíram, a ação da fabricante de chips gráficos (GPUs) Nvidia registraram queda em torno de 31%, enquanto a AMD apresentou baixa de 37% em comparação com recuo de 22% no índice Philadelphia SE Semiconductor.
De acordo com o portal 3D Center, especializado em notícias de hardware, que segue os preços de chips gráficos na Europa, informou que os preços do Radeon RX6000, da AMD; e do GeForce RTX30, da Nvidia; caíram para menos de 20% acima da MSRP ante 80% no início do ano.
Na opinião de analistas, a demanda por GPUs também deve cair porque a blockchain Ethereum provavelmente mudará a maneira como opera em meados deste ano, reduzindo a demanda por chips gráficos que equipam sistemas de mineração de criptomoedas.
De acordo com analistas do Bank of America, a fraqueza nos segmentos de videogames e mineração de criptomoedas pode ser equilibrada pela força na demanda de data centers por chips gráficos e reafirmou sua classificação de “compra” para a Nvidia.
Enquanto isso, grandes fabricantes de chips, incluindo Intel e TSMC, planejam expansões bilionárias de capacidade de produção.
Entre todos os investimentos em capacidade e todos os comentários na indústria de que a escassez de chips não vai durar até 2023 ou 2024, dissemos que poderíamos ver uma sobrecapacidade vindo” que vai além dos chips gráficos, afirmou Dan Hutcheson, da TechInsights.