Cresce o pagamento via Pix e carteiras digitais
O pagamento por aproximação e Pix foram a preferência dos consumidores brasileiros no primeiro trimestre de 2022, conforme mostra a pesquisa sobre a análise de comportamento de consumo desenvolvida pelo Itaú Unibanco, a partir das compras realizadas com cartões de crédito do banco e nas vendas feitas nos sistemas da Rede, empresa de meios de pagamento da instituição.
De acordo com o relatório, o pagamento por aproximação, que ganhou relevância com a pandemia, apresentou um salto de 375% no valor transacionado comparado ao mesmo período do ano passado. Foram consideradas na amostra as carteiras digitais como Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay, além do pagamento com o cartão físico usando a tecnologia NFC.
Entre os estabelecimentos que mais usaram a modalidade de pagamento constam o setor de turismo e eventos (+815 %), drogarias (+628%) e educação (+559%).
O Pix também avança na representatividade entre os meios de pagamento, com uma evolução de 262% no valor transacionado e 614% na quantidade de operações no período, considerando as transações realizadas de pessoa física (CPF) para pessoa jurídica (CNPJ). Atualmente, o Pix representa 11% das movimentações, com cartões de crédito tendo 62% e cartões de débito, 27%.
Conforme aponta o estudo, as atividades realizadas fora de casa cresceram durante o período, refletindo no aumento de gastos com academias, atividades esportivas e culturais, além de viagens, consideradas as mais demandadas pelo público entrevistado.
Alguns segmentos apresentam destaque especialmente quando o consumo atual é comparado com o patamar registrado antes da pandemia. O setor de educação, por exemplo, teve alta de 51% no valor gasto em relação a 2020. O número de transações também evoluiu bastante, com aumento de 60% na comparação com 2020 e de 83% sobre os primeiros três meses de 2019.
O valor transacionado no varejo continua superando os níveis pré-isolamento, com aumento de 28% no primeiro trimestre de 2022 ante o mesmo período de 2021. Na comparação com o mesmo período de 2020, o crescimento foi de 40%; sobre 2019, de 56%.
A quantidade de transações nos primeiros três meses de 2022 foi 29% maior do que as realizadas no mesmo período de 2021. Já em relação ao trimestre anterior (4º tri de 2021), houve uma redução de 7% no valor transacionado — natural devido ao contexto de início de ano e um cenário macroeconômico mais desafiador.
(Com assessoria)