CPqD propõe compartilhamento dinâmico de espectro para a 5G

Dessa forma, empresas além das operadoras poderiam utilizar o espectro para serviços limitados privados

Na consulta pública sobre a Estratégia Brasileira de Redes 5G, o CPQD propôs o uso de sistemas de compartilhamento dinâmico de espectro, em linha com recomendações da União Internacional de Telecomunicações (UIT). A recomendação leva em conta soluções adotadas em outros países – em particular, da Europa e os Estados Unidos – que preveem o acesso compartilhado a espectros licenciados.

“No caso do 5G, o compartilhamento dinâmico de espectro, principalmente em faixas que já usam a tecnologia em outros países, permitiria a harmonização internacional do espectro e a inserção do Brasil em um ecossistema de fornecedores já existentes”, explica Gustavo Correa Lima, líder da Plataforma de Comunicações Sem Fio do CPQD. Segundo a proposta do CPQD, isso aumentaria o potencial de disseminação da tecnologia 5G em áreas rurais, em regiões de baixa atratividade comercial e em redes limitadas privadas.

A outra sugestão apresentada para o tema radiofrequência está relacionada à implantação de redes IoT (Internet das Coisas). Em sua contribuição, o CPQD lembra que as frequências inferiores a 1GHz – conhecidas como sub-GHz – são consideradas mais propícias para esse uso e que, no Brasil, as faixas licenciadas de 450 MHz e de 700 MHz têm sido destinadas a testes das operadoras de Serviço Móvel Pessoal (SMP). Além disso, destaca o emprego da faixa de 250 MHz em redes limitadas privadas, em setores como agronegócio e indústria 4.0.

“Com o atual impasse sobre a destinação da faixa de 450 MHz e a disponibilidade de 10+10 MHz na faixa de 700 MHz para leilão SMP, sugere-se que todas, ou pelo menos partes destas faixas, sejam canalizadas em blocos de 200 KHz”, propõe o CPQD.

Segundo a organização, essa recomendação está apoiada no cenário atual de tecnologias propostas ao ITU-R WP 5D – grupo de trabalho da UIT responsável pelos aspectos gerais dos componentes de rádio dos sistemas de Telecomunicações Móveis Internacionais (IMT) -, em que 200 KHz é a menor largura de banda de cada canal prevista para uso de IoT no 5G.

Encerrada no dia 31 de julho, a consulta pública do MCTIC teve como objetivo colher subsídios para a criação de um estratégia nacional para a 5G. A pasta promete elaborar um diagnóstico de desafios e mapear oportunidades propiciadas pela implantação da tecnologia no Brasil. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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