CPQD desenvolve chip fotônico de 1 Tbps
Um chip fotônico de apenas 5×5 milímetros mas com capacidade para transmitir volumes altíssimos de dados pela fibra óptica, viabilizando diversas aplicações projetadas para a internet do futuro. Esse é um dos resultados do projeto TERANET – Sistemas Ópticos em 1 Tbps para Internet do Futuro, desenvolvido pelo CPQD ao longo com o apoio de recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), do Ministério das Comunicações, e da Finep.
Dividido em duas fases, o projeto teve início em 2018 e foi concluído em março deste ano. Seu principal objetivo foi explorar a convergência de tecnologias optoeletrônicas visando a criação de sistemas de comunicação óptica com altas taxas de transmissão – até 1 Tbps por canal óptico.
Tiago Sutili, coordenador de PD&I em Comunicações Ópticas e Quânticas do CPQD, explica que durante o projeto foram desenvolvidos algoritmos e técnicas inovadoras de processamento digital de sinais e de amplificação óptica, bem como dispositivos em fotônica integrada.
“Fizemos todo o desenho e projeto do chip fotônico no próprio CPQD, usando Inteligência Artificial e algoritmos de otimização”, afirma. “Todos os componentes básicos para gerar e receber sinais ópticos modulados em alta velocidade estão nesse chip que, apesar do tamanho reduzido, tem elevada capacidade de transmissão, chegando a 1,2 Tbps por canal óptico.”
Sutili acrescenta que o CPQD desenvolveu também o protótipo da placa de circuito impresso em que o chip fotônico é inserido – juntamente com todos os componentes elétricos de alta frequência -, que resultou em um transponder óptico (equipamento transmissor/receptor de sinais) funcional. Além disso, a validação dos protótipos desenvolvidos no projeto foi realizada no laboratório de sistemas de comunicação óptica do CPQD.
Para Rafael Figueiredo, gerente de Soluções de Infraestrutura de Conectividade do CPQD, o projeto Teranet trouxe avanços importantes em transmissões ópticas de alta capacidade, além de ter proporcionado a capacitação de recursos humanos especializados nessa área no país. “As tecnologias desenvolvidas no projeto permitem aumentar o desempenho e a capacidade das redes ópticas, de modo a suportar a demanda de redes móveis 5G e, no futuro, 6G, bem como de novas aplicações envolvendo processamento na nuvem, streaming, realidade aumentada e virtual, entre outras”, conclui. (Com assessoria de imprensa)