Corte dos EUA nega pedido de banimento imediato do WeChat

A Corte justificou a negativa afirmando que o governo dos EUA não conseguiu demonstrar o dano imediato e irreparável que seria causado pela presença do app no país

A Corte de Apelações dos Estados Unidos rejeitou ontem, 26, um pedido feito pelo governo Donald Trump de banimento imediato do aplicativo chinês de mensagens WeChat, da Tencent, das lojas de apps de Google e Apple. Segundo a corte, o Departamento de Justiça, que entrou com a ação, não demonstrou sofrer um iminente e irreparável dano durante o recurso.

O governo argumenta que o WeChat, justamente com o TikTok da empresa chinesa ByteDance, ameaçam a segurança nacional.

Na sexta passada, um juiz federal de São Francisco também recusou o pedido do Departamento de banir o WeChat. A decisão foi uma resposta a ação judicial criada por usuários do WeChat que afirmam que o banimento seria um “fechamento sem precedentes de um plataforma de comunicação, do qual milhões de pessoas nos Estados Unidos dependem”.  Atualmente, o WeChat possui uma média de 19 milhões de usuários ativos diariamente nos Estados Unidos. No mundo, o app soma mais de 1 bilhão de usuários.

A Corte de Apelações marcou o julgamento do caso para janeiro de 2021.

Em setembro deste ano, o presidente Trump já havia lançado um decreto que impedia a disponibilização dos aplicativos WeChat e Tik Tok, da chinesa nas lojas de aplicativos. Também, em agosto, Trump assinou um decreto que proibia empresas locais de fazerem negócios com ambos aplicativos. Ainda assim, os dois serviços seguem disponíveis após vitórias judiciais que limitaram o alcance dos decretos. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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