Correios e Azul criam empresa de logística que começa a operar em março

Segundo Guilherme Campos, a nova empresa vai gerar economia de R$ 200 milhões ao ano para a empresa, queda de 35% dos custos atuais.

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Os presidentes dos Correios, Guilherme Campos e da Azul, David Neeleman assinaram hoje um memorando de entendimento para a criação de  uma nova empresa de logística aérea, que será subsidiária da estatal, para operar com exclusividade o transporte de encomendas dos Correios e disputar o mercado nacional. A expectativa é de que a empresa inicie as operações em março de 2018.

A empresa – ainda sem nome fantasia – irá ser formada com a participação de 50,01% do capital da Azul e 49,99% dos Correios. A parceria foi firmada sem licitação, e, segundo Campos, é a primeira que segue as  novas orientações da Lei 13.303 de 2016, a chamada “Lei das Estatais”, que autoriza a formação de parcerias com empresas privadas sem licitação.

“A nova empresa nasce atendendo todos os requisitos legais. Mas não tenho dúvidas de que vou levar  pancada, quer seja dos concorrentes, quer seja internamente, quer seja dos órgãos de controle”, afirmou Campos.

Campos afirmou que pretende obter, antes de iniciar a operação, a aprovação dos órgãos de controle do governo – como TCU e AGU – mas acredita que não precisará passar pelo Cade (anti-truste) porque a Azul não é a maior empresa aérea no ramo de entrega de encomendas no país.

Conforme Neeleman, a Azul tem atualmente cobre o maior número de cidades brasileiras do que qualquer outra companhia aérea – mais de 80 cidades – e é essa capilaridade que será usada para que os Correios passem a entrar no segmento de entregas mais rápidas.

Conforme Campos, a nova empresa (que não terá altos custos iniciais, porque as duas vão usar as suas atuais estruturas) começará, de largada, com 100 mil toneladas de cargas a serem entregues (70 mil dos Correios).

A expectativa de Campos é que com essa empresa os  Correios cortem entre 35 a 40% dos custos com logística, que estão hoje em R$ 560 milhões ano. Atualmente a maior malha de cargas da estatal é terrestre.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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