Contas do Tesouro têm rombo de R$ 6,3 bi em março

O resultado de março deste ano é o sétimo pior para um mês de março na série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1998.
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O resultado é melhor do que o de fevereiro,
mas pior ao de março de 2021. Crédito: Freepik

As contas do Tesouro Nacional  registraram déficit primário de R$ 6,3 bilhões em março, informou a secretaria. O resultado de março deste ano é o sétimo pior para um mês de março na série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1998.

déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Nesse caso, não são considerados os gastos com o pagamento de juros da dívida pública. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.

Apesar de deficitário, é melhor que o resultado de fevereiro, quando o rombo nas contas de fevereiro foi de R$ 20,6 bilhões.
Em relação a março do ano passado, porém, houve piora. No mesmo mês de 2021, o Governo Central tinha registrado superávit primário de R$ 2,039 bilhões. Naquela ocasião, no entanto, o resultado tinha sido inflado porque a aprovação do Orçamento de 2021 no Congresso atrasou, o que reduziu o gasto no início do ano passado.

Porém, o resultado perde para março de 2021, quando as contas do governo registraram superávit de R$ 2,3 bilhões, em valores atualização pela inflação. Mais cedo, a Receita Federal informou ter arrecadado R$ 164,1 bilhões em março, melhor resultado para o mês em 28 anos.

Valores

Segundo o Tesouro Nacional, a receita total do governo em março apresentou elevação real (descontada a inflação) de R$ 11,4 bilhões (7,2%) em relação a março de 2021. As despesas públicas, no entanto, subiram 13,5% na mesma comparação.

Os principais aumentos foram com despesas com abono e seguro-desemprego (+R$ 11,6 bi) e com despesas sujeitas à programação financeira (+R$ 7,4 bi).

Para o ano de 2022, o governo está autorizado a registrar déficit primário de até R$ 170,5 bilhões, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Porém, a última estimativa do Ministério da Economia, divulgada em março, é de que o déficit primário em 2022 será bem menor: de R$ 66,9 bilhões.

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Redação DMI

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