Conselho do Grupo TIM inicia avaliação de propostas revisadas por rede fixa na Itália

Decisão deve ser apresentada na quinta-feira, 22; banco estatal CDP e fundo norte-americano KKR, interessados na infraestrutura de fibra, melhoraram ofertas iniciais
Conselho do Grupo TIM inicia avaliação de novas propostas por unidade de rede fixa na Itália
Conselho de administração do Grupo TIM deve tomar decisão sobre venda de rede fixa nesta semana (crédito: Freepik)

O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) informou que seu conselho de administração deu início, nesta segunda-feira, 19, ao processo de avaliação de duas propostas reformuladas por sua unidade de rede fixa na Itália. As ofertas, de caráter não vinculante, são, na prática, propostas melhoradas apresentadas pelo banco estatal CDP e pelo fundo KKR.

O conselho deve apresentar a sua decisão sobre a eventual venda da NetCo, como a unidade de infraestrutura fixa é provisoriamente chamada, ainda nesta semana.

“O Conselho de Administração da TIM concluirá o exame das ofertas recebidas em reunião marcada para a próxima quinta-feira (22 de junho), portanto, nenhuma decisão foi tomada nesta fase”, afirma a companhia, em comunicado.

A venda da rede fixa faz parte da estratégia do Grupo TIM, companhia controladora da TIM Brasil, de redução do endividamento da empresa. No balanço do primeiro trimestre deste ano, a operadora italiana informou que tinha uma dívida financeira líquida de 25,8 bilhões de euros (aproximadamente R$ 135 bilhões). Desse modo, nos primeiros três meses deste ano, o volume da dívida cresceu cerca de 500 milhões de euros.

Desde que anunciou que venderia a unidade de rede fixa, o Grupo TIM recebeu ofertas não vinculantes do fundo de private equity norte-americano KKR e do banco estatal italiano Cassa Depositi e Prestiti (CDP), em um consórcio com o fundo Macquarie Infraestructure and Real Assets.

Nos meses anteriores, a companhia rejeitou as propostas iniciais, mas abriu a possibilidade de os proponentes melhorarem as suas ofertas. Em geral, a operadora afirmou que os lances para aquisição não refletiam o real valor dos ativos.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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