Conselho do Grupo TIM aprova separação de ativos proposta por Labriola
O conselho de administração do grupo italiano TIM aprovou ontem, 6, o plano estratégico de separação de ativos de infraestrutura de rede fixa (NetCo) dos de serviços (ServiceCo com TIM Consumer, TIM Enterprise e TIM Brasil) apresentado por Pietro Labriola.
A cúpula da companhia também deu carta branca para que o executivo prossiga com a estratégia, elaborada a fim de reduzir o endividamento da companhia.
O plano define o modelo de negócio, tamanho e prioridades estratégicas para cada unidade da companhia criada pela separação estrutural e descreve como vão competir em seus respectivos segmentos.
Divisão
A separação estrutural proposta por Labriola já era conhecida. Será a seguinte:
NetCo: inclui a rede fixa, primária e secundária, atividades de atacado nacional e internacional (Sparkle). A Netco poderá representar o primeiro caso na Europa da criação de um polo de infraestruturas e tecnologias de rede de fibra disponível a todo o mercado e com presença generalizada em todo o território nacional. Focará a implantação da rede de fibra, beneficiando-se em médio e longo prazo “dos ciclos de investimento e os retornos relativos típicos do mercado de infraestruturas”. Terá um novo sócio. Atualmente, está em negociação com a rival Open Fiber.
ServiceCo: inclui TIM Enterprise, TIM Consumer e TIM Brasil
TIM Enterprise: inclui todas as atividades comerciais para o mercado corporativo, as empresas Noovle, Olivetti e Telsy, e data centers do grupo. Apoiando-se numa posição de liderança junto da Administração Pública e de grandes clientes, e numa proposta de venda de ponta a ponta, vai ampliar o foco em serviços digitais. Terá parte do capital vendido a um sócio minoritário.
TIM Consumer: concentra todas as atividades comerciais fixas e móveis no mercado de varejo de consumo e pequenas e médias empresas (SMB). Inclui ativos de rede móvel e plataformas de serviço.
TIM Brasil. continuará com o plano estratégico definido aqui, que já possibilitou dobrar a remuneração dos acionistas. Após a aquisição das atividades móveis do Grupo Oi, espera-se uma aceleração do crescimento da receita, do EBITDA e da geração de caixa.
Segundo o Grupo TIM, este plano de negócios permitirá melhorar o desempenho operacional com foco econômico e financeiro específico para cada entidade, e também atrair novos sócios e financiadores.