Confiança da indústria sobe pelo terceiro mês seguido

Em junho, houve alta da confiança em 13 dos 19 segmentos industriais monitorados pelo Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV.
Confiança da indústria sobe pelo terceiro mês seguido - Crédito: Freepik
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) subiu 1,5 ponto em junho, para 101,2 pontos, o maior nível desde novembro de 2021 (102,1 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais o índice avançou 2,1 pontos para 99,4 pontos.

“O ICI sobe pelo terceiro mês seguido em junho, ultrapassando o nível neutro dos 100 pontos.  Observa-se aumento da satisfação em relação à situação presente dos negócios e avalições muito positivas quanto à demanda externa, com destaque para o bom momento dos segmentos de consumo não durável e intermediários. Na ótica das expectativas as previsões são otimistas no horizonte de três meses, mas ainda cautelosas no de seis, uma diferença possivelmente decorrente da preocupação com a escalada inflacionária e dos juros internos, além do previsível aumento da incerteza durante o período eleitoral,” comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Em junho, houve alta da confiança em 13 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,9 ponto, para 102,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 1,2 ponto para 100,2 pontos. Ambos atingem o maior nível desde novembro de 2021.

Entre os quesitos que integram o ISA, o melhor desempenho ocorreu no indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda por produtos industriais, com alta de 3,2 pontos na margem (102,9 pontos), alcançando o maior nível do ano.  O indicador de percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios teve alta de 1,9 ponto, para 105,6 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (106,2 pontos). Após avançar 8,4 pontos em abril, o indicador que mede o nível dos estoques recuou apenas 0,2 ponto em junho, para 101,9 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).

Entre as expectativas, o indicador que mede a confiança com a evolução da produção física nos três meses seguintes foi o que mais influenciou na alta do ICI em junho, ao subir 2,4 pontos, para 102,9 pontos, o maior nível desde dezembro de 2020 (110,4 pontos). Os indicadores de tendência dos negócios para os seis meses seguintes e de emprego previsto para os próximos meses tiveram altas mais modestas, em 0,6 e 0,8 ponto, para 95,2 pontos e 102,6 pontos, respectivamente. O otimismo em relação aos seis meses seguintes segue bem inferior ao observado no horizonte mais curto, de três meses.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria aumentou 0,6 ponto percentual em junho, para 81,4%, o maior nível desde junho de 2014.

(com assessoria)

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Redação DMI

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