Componentes mais caros farão preço de portáteis subir em todo o mundo
O custos mais alto de componentes e a modernização do segmento de smartphones intermediários resultará em um aumento do gasto do consumidor com dispositivos móveis (PCs, tablets e celulares) de 2% este ano, em média, no mundo neste ano.
O fenômeno ajuda a explicar lançamentos de Samsung e Apple de aparelhos na casa dos R$ 4 mil reais, conforme a consultoria Gartner. Componentes mais caros fazem dos equipamentos com mais recursos saltarem faixas de preço. No segmento de PCs, a alta do custo da memória DRAM terá impacto perceptível no segundo trimestre deste ano. Este componente dobrou de preço desde junho de 2016. Como resultado, os fabricantes vão aumentar os preços até o final do ano, à média de 1,4%
Projeção
O mercado mundial de dispositivos móveis (notebooks, celulares e tablets) deve faturar este ano US$ 600 bilhões. Os celulares vão representar 67% dos gastos, ou seja, US$ 399,5 bilhões, um aumento de 4,3% sobre 2016. As pessoas devem manter a intenção de gastar mais pelos seus portáteis pelo menos até 2019, quando o dispêndio total em equipamentos móveis alcançará US$ 627,16 bilhões, conforme os cálculos da consultoria.
Relatório da consultoria mostra que a maior competição de empresas chinesas, em vez de derrubar, vem aumentando os preços. O motivo é a aposta dessas companhias em produtos intermediários, no lugar de dispositivos de entrada. A maior disponibilidade de telefones básicos de fabricantes chineses como a Oppo, BBK e Huawei aumentou o preço médio desse tipo de aparelho em 13,5% em 2016.
“Acreditamos que os usuários continuarão a buscar telefones de valor mais alto neste ano, o que aumentará o preço médio. Prova disso é o lançamento do Samsung Galaxy 8 e do iPhone da Apple no seu aniversário de dez anos. Esperamos um aumento de 4% no preço médio dos celulares premium na América do Norte em 2017”, diz Annette Zimmermann, vice-presidente de pesquisas do Gartner.
Em unidades vendidas, os números seguem estáveis. Foram 2,33 bilhões de aparelhos vendidos em 2016, igual número estimado para este ano. Em 2019, devem ser 2,38 bilhões. Os PCs passarão de 265 milhões de peças vendidas pelos fabricantes, para 273 milhões. Já os celulares, sairão de 1,91 bilhão de unidades, para 1,95 bilhão.